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O que já se sabe sobre o caso de professora carbonizada na Zona Oeste

Adolescente de 14 anos, ex-namorada de Vitória Romana Graça, e a mãe são suspeitas de sequestro e assassinato

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 ago 2023, 15h10
Foto mostra professora de 26 anos
Vitória Graça: professora contratada há quatro meses pelo município desapareceu após marcar encontro com ex-sogra (Redes sociais/Reprodução)
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A polícia investiga o caso da professora Vitória Romana Graça, de 26 anos, encontrada carbonizada na última sexta (11) em Senador Camará, na Zona Oeste do Rio. Uma adolescente de 14 anos, ex-namorada de Vitória, e sua mãe, Paula Custódio Vasconcelos, de 33 anos, foram presas enquanto fugiam por suspeita de participação no crime. A acusação é de sequestro seguido de morte.

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Segundo o laudo do Instituto Médico-Legal (IML), a professora ainda estava com vida quanto teve seu corpo queimado e morreu por aspiração de fuligem. Moradores locais encontraram seu corpo por volta das 8h da manhã, na Praça Damasco. Vitória tinha desaparecido na noite anterior, quando saiu de casa para encontrar a ex-sogra e a menina.

Uma testemunha do caso relata que a docente desabafou sobre sua relação com Paula e a filha no dia em que desapareceu. Ela teria dito que já tinha ajudado bastante a família financeiramente e que não tinha mais condições. Ainda segundo o relato, Paula foi acompanhada do irmão até a Escola Municipal Oscar Thompson, em Santíssimo, onde Vitória era contratada há quatro meses, para dizer que a filha não estava lidando bem com o fim do relacionamento e para que as duas tivessem uma conversa em outro local.

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O filho de Paula estuda na mesma escola, o que facilitou a entrada dela no estabelecimento naquele dia. Por segurança, outro funcionário da instituição e amigo da vítima sugeriu que a professora encontrasse com a mulher em um local público, como um shopping, onde há muitas pessoas.

A mãe de Vitória, em depoimento à polícia, contou que entrou em contato pela última vez com a filha às 5h do dia em que foi morta. A jovem teria ligado para ela, com voz de choro, afirmando que foi sequestrada e não sabia informar a localização, mas que a mãe deveria pagar R$ 2.000,00 aos criminosos para libertá-la. Ao tentar falar novamente com a filha, ela relata que foi atendida por um homem e uma mulher, ambos pedindo pelo dinheiro.

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Ela também relatou que não aprovava o relacionamento da filha com a menor de idade e que só encontrou com a adolescente em três ocasiões, em sua casa. Vitória e a adolescente tinham se conhecido pelo Instagram e, após o término, a garota teria sido bloqueada na rede social da professora.

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À polícia, a jovem de 14 anos disse não ter envolvimento com o crime o que tomara um remédio neste dia do desaparecimento que a fez dormir. Quando acordou, ela teria estranhado que a mãe não estava em casa e seu irmão, de 16 anos, disse que ela estava na Mercearia Rosa. Foi identificada, posteriormente, uma transferência via PIX da conta bancária da vítima feita para o local. No dia em que Vitória sumiu, foram feitas diversas transferências de dinheiro pelo telefone de Vitória para o irmão de Paula.

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Além do sequestro e morte de Vitória, Paula tem mais dois registros em sua folha de antecedentes criminais. A primeira ocorreu em 2010, quando foi acusada de “lesão corporal decorrente de violência doméstica”. Mas um juiz determinou, em 2021, a extinção da punibilidade dela, o que anulou sua chance de ser presa. Já em 2013, Paula foi presa por roubar na companhia de um menor de 18 anos e foi condenada a mais de 6 anos na cadeia, tendo cumprido somente 1 ano e oito meses em regime semiaberto.

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