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Municipalização de hospitais alivia crise na saúde no Rio, diz Pezão

Governador aformou que o estado vai ter a possibilidade de aplicar recursos em outras unidades para reduzir a crise na rede de saúde fluminense

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 11h34 - Publicado em 6 jan 2016, 15h26
eduardo paes e pezão
eduardo paes e pezão (Divulgação/Prefeitura do Rio/)
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O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, disse hoje (5) que com a municipalização dos hospitais Albert Schweitzer, em Realengo, e Rocha Faria, em Campo Grande – ambos na zona oeste do Rio –, o estado vai ter a possibilidade de aplicar recursos em outras unidades para reduzir a crise na rede de saúde fluminense.

 “Neste momento de dificuldade das finanças do estado [a municipalização] desonera o estado neste compromisso e faz com que a gente foque os recursos da saúde mais fortemente nas UPAs [unidades de pronto atendimento], no hospital Carlos Chagas e no hospital Getúlio Vargas”, disse na cerimônia de assunção dos dois hospitais do estado pela prefeitura carioca, no Palácio Guanabara.

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Pezão agradeceu ao prefeito do Rio, Eduardo Paes, pela parceria, finalizada em uma reunião das equipes de saúde do estado e do município, na manhã de hoje, na sede da prefeitura. Ele lembrou que durante o governo de Sérgio Cabral, a prefeitura já tinha assumido o Hospital Pedro II, em Santa Cruz, na zona oeste do Rio. “Quero agradecer ao prefeito por mais esta parceria que sempre se materializou com o nível de união entre os três entes federativos”, disse, e completou: “Tenho certeza que a gente ainda vai estabelecer muitas outras parcerias”.

Eduardo Paes contou que os investimentos em saúde sempre foram uma prioridade para o estado e para a prefeitura. Ele destacou que o Rio é a cidade que tem o maior número de UPAs no Brasil. “Somadas as UPAs da prefeitura e do governo do estado temos 35 [unidades]. São Paulo que tem o dobro da população tem 22 UPAs”, informou.

Segundo o prefeito, a parceria entre município e estado faz parte do esforço para acabar com a história de transferência de conflitos. “O Brasil passou muito tempo com a velha história do mosquito para saber se ele era federal, estadual ou municipal. As pessoas precisam ser atendidas nestes dois hospitais. São munícipes do Rio, são cidadãos cariocas na área que a gente considera prioritária para essa atenção da saúde”, analisou.

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Paes acrescentou que a municipalização das duas unidades era uma promessa de campanha dele. “Acho que este movimento que a gente faz hoje, acima de tudo, além da parceria, permite cuidar daquilo que é mais importante, que é cuidar da saúde das pessoas da área mais carente da cidade. A zona oeste é a área mais pobre da cidade, que mais necessita”, assinalou.

O secretário de estado de Saúde, Luiz Antônio de Souza Teixeira Júnior, disse que a transferência do Albert Schweitzer e do Rocha Faria vai garantir o serviço das unidades de urgência e emergência. Sobre a rede do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), não há previsão de mudança. Ele disse que o Samu será mantido na jurisdição do estado, tal qual as UPAs. Toda a zona oeste e as pessoas do Rio de Janeiro podem ter certeza de que “vamos manter as nossas urgências e emergências funcionando, e vamos ter a manutenção do Samu como vem funcionando no Rio de Janeiro”, assegurou.

Teixeira Júnior informou que na quinta-feira (7), quando será feita a entrega oficial do Albert Schweitzer para a prefeitura, começará a realocação dos servidores que atualmente trabalham lá para outras unidades do estado como o Hospital Carlos Chagas, em Marechal Hermes, zona norte da cidade.

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