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MP apura regalias em cadeia de políticos e empresários

A lista vai de corda de crossfit a ausência na faxina

Por Agência Estado
28 nov 2017, 17h23
Os alimentos encontrados nas celas de Cabral, Rosinha Garotinho, entre outros (MPRJ/Divulgação)
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O inquérito instaurado pelo MP-RJ (Ministério Público Estadual do Rio) para investigar a entrada de alimentos finos na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, também vai apurar outras supostas regalias e irregularidades nas alas feminina e masculina do presídio.

A ex-primeira-dama Adriana Ancelmo e a ex-governadora Rosinha Garotinho (PR) ocupam a mesma cela. O MP descobriu que elas não estavam na escala das presas para fazer a faxina na ala feminina.

Também foi observado que, das 15 mulheres encarceradas ali, Adriana era a única a ter colchão alto, seminovo, usado por atletas na Olimpíada, como os dos presos da Lava Jato na ala C de Benfica. Nas celas desses réus, havia halteres de ginástica, cordas de crossfit, sanduicheiras e alimentos in natura, como presuntos e camarões.

A promotora Andréa Amin, coordenadora do Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública do MP, que visitou o local na semana passada, constatou diferenças de tratamento entre os presos.

Rosinha, por exemplo, era uma das que usam colchão baixo. Seu marido, ex-governador Anthony Garotinho (PR), transferido para Bangu 8 na sexta (24), não tinha na cela filtro de água padronizado. O item é corriqueiro nas celas do ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB) e outros réus da Lava Jato. A promotora informou que pediu a transferência do ex-governador do PR para outra cela, porque a que lhe fora destinada estava alagada.

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Segundo Andrea, foram recolhidos em Benfica 21 quilos de materiais, a maioria alimentos, para serem analisados. Ela vai investigar também se refeições em quantidade “farta” podem ter sido entregues por algum restaurante no local.

Outros materiais apreendidos foram os três pares de halteres e cordas de crossfit instalados na cela do empresário Jacob Barata Filho.

Já os alimentos in natura, proibidos pela Seap (Secretaria de Administração Penitenciária), não são permitidos porque, se forem mal conservados, segundo a promotora, podem provocar infecção nos réus.

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