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Moradores só poderão voltar ao prédio na quarta (20)

Secretário executivo da prefeitura do Rio afirma que não há risco de o edifício desabar, porém não há um prazo específico para o fim da interdição

Por Agência Brasil
Atualizado em 5 dez 2016, 12h11 - Publicado em 19 Maio 2015, 13h04
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IMG-20150518-WA0013 (Redação Veja Rio/)
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Os moradores do Edifício Canoas, em São Conrado, zona sul do Rio, não poderão retornar para os seus apartamentos antes da próxima quarta-feira (20), informou nesta segunda (18) o secretário executivo da prefeitura do Rio, Pedro Paulo de Carvalho. O edifício foi abalado, por volta das 6h, por uma explosão no apartamento 1.001, provavelmente ocasionada por vazamento de gás.

+ Veja fotos do acidente no edifício em São Conrado

Pedro Paulo esteve no imóvel durante a tarde, supervisionando a operação de retirada de pertences pessoais pelos moradores, que foram separados em grupos e puderam subir até seus apartamentos, onde tiveram dez minutos para recolher algumas roupas, documentos e remédios.

+ Moradores retiram pertences do prédio que explodiu em São Conrado

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 “Não tem ainda um prazo específico de interdição. Nas próximas 48 horas não há possibilidade de retorno”, declarou o secretário, que afastou o perigo de novos desabamentos no prédio, pois a força da explosão abriu um buraco entre o décimo e o nono andar, levando ao acúmulo de uma grande quantidade de entulho sobre a laje do oitavo andar: “Não tem mais risco”.

A moradora Sandra Amaral aguardava na calçada em frente ao prédio, na companhia de seus três gatos, o retorno do marido, que foi ao imóvel do casal resgatar o que fosse possível. Eles passariam a noite na casa de amigos. “Acordei com o estrondo e a janela tremeu. Aí uma amiga ligou dizendo para eu descer. Depois meu marido, com a ajuda dos bombeiros, voltou para retirar os gatos. Estou esperando meu marido buscar o resto das coisas”, disse Sandra.

Do lado de fora do edifício, os moradores ainda estavam atônitos com a situação. Alguns diziam que, em questão de minutos, suas vidas tinha virado de cabeça para baixo, como Fernando Gélio, morador do sétimo andar, abaixo do apartamento que explodiu. “Eu não fui trabalhar, eu não tenho nada, não tenho um documento, não tenho dinheiro. Eu preciso ir para a casa de um familiar e preciso trabalhar”, desabafou Fernando.

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O inquilino do apartamento 1.001, o empresário alemão Markus Muller, ficou gravemente ferido e foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto. De acordo com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, o estado dele, no início da noite, era considerado gravíssimo, pois ele teve mais de 50% do corpo queimado e havia passado por uma cirurgia.

Uma lei estadual recentemente aprovada prevê a vistoria obrigatória no sistema de gás de todos os imóveis no estado do Rio. A legislação vai entrar em vigor dentro de 60 dias, para que seja regulamentada, com a indicação de empresas autorizadas a fazer o serviço.

 

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