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…com Roberto Frejat

Roberto Frejat comemora três décadas de lançamento do primeiro disco do Barão Vermelho no palco da Fundição Progresso e conta onde vai quando quer relaxar com amigos, ouvir boa música e quais são suas paisagens preferidas no Rio

Por Ernesto Neves
Atualizado em 5 jun 2017, 14h20 - Publicado em 19 out 2012, 17h52

Ícone maior do rock Brasil dos anos 80, o Barão Vermelho iniciou sua carreira no longíquo ano de 1981. Mas, somente um ano depois o grupo despontaria para o sucesso com o lançamento do primeiro álbum, Barão Vermelho. Do disco saíram pérolas roqueiras que inundaram as rádios da época, entre elas Ponto Fraco, Down em Mim e Todo Amor que Houver Nessa Vida. Para celebrar as três décadas do estouro, Frejat (guitarra e voz), Guto Goffi (bateria), Peninha (percussão), Rodrigo Santos (baixo) e Fernando Magalhães (guitarra) reunem-se mais para a turnê + 1 Dose.

O primeiro show da excurssão acontece no Rio. No próximo sábado (20), o público poderá conferir na Fundição Progresso hits de todas as fases e a nova Sorte e Azar (ouça aqui). Gravada em 82, a canção tem vocal de Cazuza e ficou esquecida no estúdio. A redescoberta aconteceu recentemente, quando a gravadora iniciou a remasterização do primeiro disco. “É uma balada muito bonita. Fizemos um arranjo lindo para contextualizá-la, Não é uma versão original pura e simples”, conta Frejat. Antes do show, Frejat conversou com a VEJA Rio sobre sua relação de amor com o Rio e os locais que marcaram a carreira do Barão.

O Barão Vermelho tem uma ligação muito forte com o Rio. Que lugares foram importantes na carreira de vocês?

Duas casas foram muito importantes. No Circo Voador fizemos o primeiro show de visibilidade, ainda quando ele estava armado no Arpoador, em 1982. Quando foi para a Lapa, lançamos discos lá e tocamos muitas vezes. Outro ponto muito representativo foi o Morro da Urca, chegamos a fazer temporadas de um mês lá.

Por que começar a turnê pelo Rio. Tocar aqui é diferente?

O Rio é a casa da gente. Quando nos apresentamos aqui, nossos familiares, amigos, vão nos assistir. No começo da carreira, isso pode atrapalhar, tira a concentração durante o show. Mas hoje, maduros, sabemos como lidar. Antigamente, fazer show no Rio tinha um peso muito grande para os artistas de fora, o que acontecia aqui ressonava para o país inteiro. Como somos cariocas, nunca sentimos esse peso.

O Rio de 82 era melhor?

Não sou saudosista. Os tempos modificaram muito a cidade. Hoje temos uma população maior, mais diversa. A variedade cultural, de ritmos, é atualmente mais rica do que há trinta anos.

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Falando em variedade cultural, onde você vai quando quer ouvir boa música?

Como as lojas de disco acabaram, hoje você tem que ir a shows para conhecer um artista. Gosto muito do Teatro Rival, do Studio RJ e do Circo Voador. São lugares que abrem as portas para novos talentos.

E que artistas cariocas você curte hoje?

O Maurício Negão é um talento, gosto do Gabriel Moura também. A cena carioca sempre tem algo de bom. A repercussão pode ter diminuído porque hoje é mais segmentado, não temos mais uma mídia como a dos anos 80. Mas isso não quer dizer que não temos boas novidades.

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Qual é o seu refúgio na cidade?

Eu moro na Lagoa. Quando quero pensar, nada melhor do que dar uma volta de bicicleta em torno dela. É bonito demais.

Onde você mais gosta de se apresentar?

Já fiz shows em lugares maravilhosos, como as cidades históricas de Minas Gerais. Foi inesquecível. Mas, particularmente, eu gosto demais de tocar aqui, principalmente no Morro da Urca. Não existe outro lugar em que você se apresente com um visual daqueles.

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Onde você vai quando quer comer bem?

O Rio tem uma coisa incrível que eu nunca vi em outro lugar. Aqui, os restaurantes abrem para o almoço e não fecham mais. Você pode comer às 16h da tarde, isso é maravilhoso. Eu curto a variedade daqui, tem restaurante português, árabe. Costumo ir no Ki, de comida oriental, e no Nam Thai, de comida tailandesa.

E para relaxar com os amigos?

Adoro os pés sujos. Nada melhor que ir com os amigos para um boteco bem fuleiro. Um bar supertradicional, que tem ótimos petiscos, é o Adega Pérola, em Copacabana.

Quando está fora do Rio, do que sente mais falta?

O Rio é muito bonito. Quando volto de viagem, e vejo a Lagoa, penso “Ah, esse é o meu Rio!”. Há anos eu não ia ao Corcovado, por exemplo. Estive lá durante a coletiva de imprensa do Rock in Rio na semana passada. Rever o Cristo, aquela paisagem, me emocionou muito.

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