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Máscaras de proteção: deputado propõe uso obrigatório nos desfiles das escolas de samba

Dionísio Lins vai sugerir à Liesa e à prefeitura que, se componentes desrespeitarem determinação, punição seja perda de um ponto em quesito a ser definido

Por Paula Autran
Atualizado em 20 jan 2022, 13h19 - Publicado em 20 jan 2022, 12h21

A quatro dias da data marcada para a prefeitura bater o martelo sobre a realização, ou não, dos desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Rio (na segunda-feira, dia 24), o deputado estadual Dionísio Lins (Progressista) decidiu encaminhar, nesta sexta-feira (21), ao presidente da Liga das Escolas de Samba (Liesa), Jorge Perlingeiro, e ao prefeito da cidade, Eduardo Paes, um ofício solicitando que os componentes das escolas usem máscaras durante toda sua passagem pela Marquês de Sapucai. Ele sugere, ainda, que no caso de algum deles desrespeitar a determinação, a escola seja punida com a retirada de um ponto de quesito a ser definido pela Liesa.

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“O Carnaval foi e sempre será uma das maiores atrações do mundo, mas não podemos deixar que a euforia seja maior do que a ciência e os cuidados com a saúde. Como fanático que sou pelo Carnaval e pelo Império Serrano e Portela, não posso deixar de lamentar esse pedido que faremos. Mas a finalidade não é apenas a de resguardar as pessoas que irão participar dessa festa, como também evitar que mais tarde digam que o Carnaval do Rio foi um grande propagador da doença”, explicou Lins.

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A proposta do deputado foi anunciada um dia depois de, nesta quarta-feira (19), terem sido divulgados os protocolos sanitários para os desfiles das escolas de samba no Sambódromo do Anhembi, em São Paulo. Segundo a prefeitura, o documento com as diretrizes da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa) é resultado de duas reuniões realizadas entre as secretarias municipais de Saúde, Cultura e Segurança Urbana da capital paulista e a São Paulo Turismo (SPTuris). Além de exigir a obrigatoriedade do uso de máscaras não só para os desfilantes, mas também para os espectadores, foram estabelecidas regras como a exigência do passaporte de vacinação para todos; ocupação máxima de 70% da capacidade em todos os setores, incluindo arquibancada, camarotes e pista; e redução do número de componentes por escola.

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Em São Paulo, os chefes de ala – responsáveis por conferir se as fantasias dos componentes estão completas – também ficarão responsáveis por conferir o uso da máscara. O uso incorreto poderá levar à perda de pontos nos quesito “Fantasia”. Por outro lado, será excluído do julgamento neste ano o quesito “Harmonia”, que avalia se os componentes cantam o samba-enredo.

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Em nota, a Liesa afirma que repudia os movimentos políticos que usam o Carnaval como tema de debate, sem qualquer respaldo técnico. “O Carnaval da Marquês de Sapucaí acontece numa área fechada e com controle de acesso. Sendo assim, seguirá os protocolos e normas para a sua realização definidos pelos órgãos competentes, assim como todos os eventos que estão acontecendo no Rio de Janeiro. Os sambistas e a comunidade do samba merecem respeito e não debates não construtivos e principalmente de viés político sobre os protocolos de um evento que acontece no final de mês de fevereiro”, diz a nota da liga, que reforça que está “atenta e em contato diário com especialistas, autoridades e órgãos competentes para orientar nas melhores decisões em respeito à vida“.

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