Caso Marielle: MP pede que Suel, envolvido na execução, vá a júri popular
Citado em delação de Élcio de Queiroz, ex-bombeiro foi denunciado por participação nas mortes da vereadora e de seu motorista, que completam 6 anos
O Ministério Público do Rio pediu para que ex-sargento do Corpo de Bombeiros Maxwell Simões Correa, o Suel, seja levado a júri popular pelas mortes da vereadora Marielle Franco (PSOL) e do motorista Anderson Gomes, que completam seis anos nesta quinta (14). Suel foi apontado na delação do ex-PM Élcio de Queiroz como a pessoa que monitorou os passos da vereadora. Preso desde 24 de julho do ano passado, ele também responde pela tentativa de homicídio de Fernanda Gonçalves Chaves, que estava com a vereadora e o motorista no mesmo veículo metralhado pelos criminosos, e pela receptação do carro, um Cobalt, usado no crime. O MP também pediu que o ex-bombeiro continue em um presídio federal de segurança máxima.
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Élcio segue preso desde 2019, assim como o ex-policial reformado Ronnie Lessa, ambos denunciados como executores da vereadora e de seu motorista pelo Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRJ). Em delação premiada, Élcio confessou que dirigiu o carro usado no ataque e confirmou que Ronnie Lessa fez os disparos. Suel teria ajudado a monitorar os passos de Marielle e participado, um dia após o crime, da troca de placas do Cobalt usado no assassinato, se desfeito das cápsulas e munições usadas, assim como providenciado o posterior desmanche do carro. Até hoje não se sabe, porém, que encomendou o crime.
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O ex-bombeiro foi condenado a quatro anos de prisão por atrapalhar as investigações sobre a morte da vereadora e de seu motorista. Ele cumpria pena em regime aberto até ser novamente detido em operação do MPRJ em julho do ano passado.