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Polêmica: deputados aprovam mudança de nome do Maracanã para Rei Pelé

Para que isso aconteça, basta o OK do governador em exercício Cláudio Castro; 'Laméntável', protesta neto de Mário Filho

Por Cleo Guimarães
Atualizado em 10 mar 2021, 13h06 - Publicado em 10 mar 2021, 12h52

A Suderj informa: sai Jornalista Mário Filho, entra Rei Pelé. Os deputados da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) aprovaram nesta terça (9), em regime de urgência, a mudança do nome oficial do estádio do Maracanã – de ‘Jornalista Mário Filho’, ele passaria a se chamar ‘Edson Arantes do Nascimento – Rei Pelé’. Somente a bancada do PSOL votou contra a proposta. Cabe ao governador em exercício Cláudio Castro a decisão de sancionar (ou não) o projeto, de autoria do deputado André Ceciliano (PT).

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Neto de Mário Filho, o também jornalista Mário Neto, protestou contra a troca. “Lamentável essa atitude. Uma barbaridade. Tiraram com uma canetada. Quem não conhece Mário Filho não conhece nada de esportes. Tô chateado”, disse ele à Agência Brasil. Irmão do dramaturgo (e tricolor apaixonado) Nelson Rodrigues, Mário Leite Rodrigues Filho foi dono do Jornal dos Sports, onde coordenou a campanha pela construção do Maracanã – ele conseguiu convencer a opinião pública carioca de que o melhor lugar para o campo de futebol de proporções gigantescas seria no terreno do antigo Derby Club, no bairro do Maracanã, e que o estádio deveria ser o maior do mundo, com capacidade para mais de 150 000 espectadores.

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Quando foi inaugurado, o lugar ganhou o nome do prefeito da época: Estádio Municipal Mendes de Moraes, mas em 1966, o Maracanã foi rebatizado de Jornalista Mário Filho, em homenagem ao seu maior entusiasta. A alteração ocorreu um mês depois da morte de Mário, vítima de um ataque cardíaco.

A lista de coautores do projeto de mudança do nome do Maracanã inclui os nomes de Bebeto (Pode), Marcio Pacheco (PSC), Eurico Junior (PV), Carlos Minc (PSB), Coronel Salema (PSD) e Alexandre Knoploch (PSL). Minc, no entanto, pediu para ter seu nome retirado desta lista. “Eu estava focado em projetos mais importantes, e quando colheram coautorias, me confundi e acabaram incluindo”, contou o deputado a VEJA RIO. “Já pedi para tirarem o meu nome disso”.

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O projeto vem provocando polêmica também por ter sido votada em regime de urgência. Jornalista especializado em esporte da TV Globo, Eric Faria criticou o momento em que a proposta foi levada a votação. “Pobre Pelé, tendo o seu santo nome usado por políticos que deveriam se preocupar com problemas realmente sérios. Mudar o nome do Maracanã é realmente algo “importante” no meio de uma pandemia. E nobres deputados, vocês deveriam ter vergonha de colocar um assunto desses em pauta”, escreveu o repórter, no Twitter.

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O que está em questão é a mudança do nome somente do estádio. Mesmo se o projeto for aprovada, o complexo esportivo que engloba ainda o ginásio Maracanãzinho e o estádio de atletismo Célio de Barros, seguirão se chamando Mário Filho. O governador em exercício Cláudio Castro tem 15 dias para decidir sobre o futuro do Maracanã.

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