Mãe de menino que sumiu na praia faz vaquinha para custear investigação
Três meses após desaparecimento de Edson Davi, família segue acreditando que ele foi sequestrado, mas Polícia Civil trabalha com a hipótese de afogamento
Três meses após o desaparecimento de Edson Davi, de 7 anos, mãe do menino, Marize Araujo, não desiste das buscas ao menino. Nas redes sociais, ela publicou uma ‘vakinha virtual’ pedindo ajuda para custear os custos de uma investigação particular. O objetivo é arrecadar R$ 20 mil, mas até esta esta quinta (4), apenas R$ 2 mil haviam sido arrecadados.
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A família de Edson Davi segue convicta de que o menino foi sequestrado no dia 4 de janeiro, quando sumiu na Praia da Barra, na altura do Posto Quatro, onde seus pais têm um quiosque. E busca uma investigação independente porque para a Polícia Civil, a principal hipótese do sumiço é de afogamento. A mãe diz que conseguiu mais testemunhas que viram o filho antes de ele desaparecer.
“Aqui na praia, são sete escadas em que meu filho poderia ter sido atraído. A nova testemunha disse que viu a direção que ele foi, um lado que ele não tinha costume de ir. Fora isso, não tem um testemunho que fale que meu filho, depois das 16h, foi para o mar. Por que o Edson tem que passar como morto? Porque ele é filho de um simples barraqueiro? De um pai humilde, de uma mãe humilde? Que não tem como correr atrás de recursos maiores?”, disse Marize ao jornal O Dia. “Não adianta vir testemunha dizer que ele mergulhou, porque está mentindo. Meu filho não entra no mar. Ele pode ter molhado os pés e brincado com alguma criança, mas entrar na água, não. Ele tinha medo”, acrescentou. A Polícia Civil informou que “todos os elementos apresentados à Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) são investigados”. Em paralelo às apurações, o Corpo de Bombeiros continua as buscas.
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No dia do desaparecimento, o menino estava na barraca com o pai. Marize tinha ido levar o outro filho a uma consulta médica. A última vez que ele foi visto foi às 16h46, como mostra uma gravação feita por um funcionário da barraca da família. Segundo a delegada Elen Souto, os bombeiros afirmaram que o mar estava agitado e que havia uma vala bem em frente à barraca da família. Os salva-vidas também destacaram que três bandeiras vermelhas estavam afixadas e que não viram a criança entrar na água.