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“Êxodo tijucano”: Zona Norte é a região do Rio que mais perdeu moradores

Informações preliminares do Censo foram compiladas pelo IPP; veja como distribuição da população pelos bairros mudou entre 2010 e 2022

Por Da Redação
3 abr 2024, 11h55

Em números absolutos, Tijuca (21.479 a menos) e Vila Isabel (20.228) tiveram o maior êxodo de moradores da cidade entre 2010 e 2022. Um retrato da mobilidade urbana no Rio em 12 anos já pode ser conferido a partir de informações preliminares do Censo que foram compiladas pelo Instituto de Urbanismo Pereira Passos (IPP), Em termos percentuais, a maior perda de população também se deu na Zona Norte: Turiaçu, entre Madureira e Irajá, que no passado concentrou inúmeras fábricas, perdeu 32,7% de sua população neste período. Neste caso, a explicação pode estar na vizinhança, já que ali ao lado está o Morro do Cajueiro, uma área que há anos registra conflitos entre facções criminosas.

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“O Censo identificou um processo que já ocorre há anos na Zona Norte. Nenhuma política pública foi capaz de frear esse esvaziamento em uma área bem servida de infraestrutura urbana e de transportes. Vários fatores explicam isso. Parte da população, por perda de poder aquisitivo, se muda para os bairros mais afastados da Zona Oeste de (como Campo Grande e Santa Cruz) ou para favelas. Com isso, a sensação de insegurança aumenta e quem tem mais poder aquisitivo escolhe morar na Barra ou no Recreio”, disse ao jornal O Globo o geógrafo Rafael Winter, coordenador do Laboratório Geoppol (Grupo de Estudos e Pesquisas em Política e Território), do Departamento de Geografia da UFRJ.

Entre um censo e outro, segundo reportagem do jornal, a Zona Norte sofreu um esvaziamento, enquanto a população da Zona Oeste aumentou de forma expressiva, ocupando áreas que nem sempre têm a infraestrutura adequada. Santa Cruz, por exemplo, ganhou 31.797 habitantes. Em menor proporção, Centro e Zona Sul também perderam moradores no período. Na Zona Sul, a redução foi mais intensa em Copacabana, um dos bairros de grande população idosa na cidade. Desde 2010, a “princesinha do mar” perdeu 17.473 moradores.

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Para o presidente da Associação Empresarial e de Moradores da Grande Tijuca, Jaime Miranda, os problemas que levam os moradores a deixar o bairro vão além da segurança. Ele aponta a redução do tamanho das famílias nas últimas décadas, que, sem tanta necessidade de espaço, procuram imóveis menores em outras regiões — como os oferecidos na Barra e no Recreio. Outro fator, segundo ele, é o valor do condomínio. Na Tijuca, boa parte dos prédios é antiga, e, por isso, tem custo de manutenção mais caro.

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