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Luiza Brunet e o novo capítulo da ação que move contra Lírio Parisotto

Depois de perder em primeira instância no processo que pedia reconhecimento de união estável, ex-modelo segue no fogo cruzado com o bilionário

Por Sofia Cerqueira
Atualizado em 29 jun 2018, 17h50 - Publicado em 29 jun 2018, 10h27
O empresário Lírio Parisotto e a ex-modelo Luiza Brunet: do amor ao ódio (Bruno Poletti/Folhapress/Veja Rio)

O embate na Justiça envolvendo um ex-casal ilustre, cifras astronômicas e denúncias de violência doméstica estava, inevitavelmente, fadado à notoriedade. Acompanhada por multidões, a novela pareceu se aproximar de um desfecho em 14 de maio último. Nesse dia, o juiz Leonardo Aigner Ribeiro, da 4ª Vara de Família e Sucessões de São Paulo, deu ganho de causa ao empresário Lírio Parisotto na ação em que a ex-modelo Luiza Brunet pedia o reconhecimento de união estável e metade dos bens acumulados por ele em cinco anos de relacionamento (em torno de 100 milhões de reais). Segundo a sentença em primeira instância, proferida ao longo de dezessete páginas, ela ainda deveria pagar cerca de 1 milhão de reais de honorários à defesa do ex. O rumoroso imbróglio, porém, está longe de terminar. Os advogados dela vão ingressar com um recurso, nos próximos dias, no Tribunal de Justiça da capital paulistana. Entre as cartas na manga está a intenção de desqualificar o depoimento de Manoel Beato, sommelier do grupo Fasano, que testemunhou à Justiça ter visto — entre idas e vindas do casal hoje em litígio — o empresário com outras namoradas, como uma chamada Karina. “Ele trabalha para o Lírio, cuida da adega dele. Já anexamos aos autos inclusive fotos de Beato em viagem no iate do empresário pela Europa”, afirma Pedro Egberto da Fonseca Neto, defensor de Luiza. Citada no processo, no qual aparece em reportagens como pivô de um dos rompimentos do casal, a jornalista e ex-ca­pa da revista Sexy Fernanda Alves poderá ser outro trunfo no recurso. “Estamos avaliando a inclusão de algumas declarações dela”, completa o advogado.

Trunfo de Luiza: depoimento de Fernanda Alves, que foi capa da Sexy, poderá ser útil no recurso (Reprodução capa da Revista Sexy/Veja Rio)

Apontada como rival de Luiza, a jornalista mudou de lado. “Fiquei revoltada ao saber que meu nome aparece nos autos e há insinuações de que fui caso dele. Nunca estive pessoalmente com o Lírio, nem sequer sei como é sua voz”, afirma Fernanda. Ela diz que só se comunicou com o empresário por escrito. “Fiz papel de idiota, estava no lado errado da história. Passei informações sobre o caso, a pedido dele, para colegas da imprensa e preciso me redimir. Ele pode ter trilhões, isso não me compra”, conclui. A história de Parisotto, dono de uma fortuna estimada em quase 4 bilhões de reais, e da ex-capa da Sexy começou em 2015, quando ela postou uma foto seminua no Instagram. Ele curtiu a imagem e enviou uma mensagem privada em que dizia “Que bela rabeta você postou hoje…”. Esse e outros posts, como um em que o empresário a convida para tomar champanhe, vazaram na internet. Os dois, segundo Fernanda, embora tenham trocado mensagens por meses, nunca se viram. A jornalista ainda forneceu aos advogados de Luiza um print de uma conversa por WhatsApp entre ela e a banqueteira Andrea Fasano. O diálogo levanta a suspeita de que a profissional estaria ocultando informações em favor do bilionário. Indagada sobre os comprovantes de uma festa que o casal deu na Casa Fasano, a banqueteira escreve: “Vou falar que joguei fora”. O advogado de Parisotto, Luiz Kignel, mostra-se tranquilo com o recurso. Afirma que em nenhum momento sugeriu que seu cliente e Fernanda tiveram um caso e a acusa de estar querendo “autopromoção”. De acordo com Kignel, o nome dela surgiu em meio a 100 reportagens anexadas ao processo que falam de Luiza e Parisotto no período do namoro. “A senhora Luiza tem todo o direito de recorrer. Mas desde o início essa era uma ação fadada ao fracasso, uma aventura jurídica”, diz.

A pendenga judicial, de fato, não será fácil. Kignel revela que, além de Manoel Beato, mais uma testemunha, o empresário Sandi Cintra Adamiu, amigo de Parisotto, citou o nome de Karina como outra namorada dele. Questionado sobre o porquê de não haver fotos nem o nome inteiro dela no processo, argumenta que é para preservá-la. “Mas não foi isso que determinou a perda da ação, foi o próprio depoimento da Luiza. Estava cheio de fragilidades e contradições”, avalia. O advogado conta que ela mesma afirmou em autobiografia, lançada em 2013, quando já estava com Parisotto, que vivia um “namoro maduro”. Um ano depois, o casal apareceu na capa de uma revista brindando os dois anos de namoro. Kignel reforça sua defesa dizendo que outra prova da inexistência da união estável é o fato de o segurança do prédio de Parisotto, nos Jardins, ter dito à Justiça que ela precisava da autorização de Lírio para entrar no imóvel. A defesa do empresário também juntou ao processo provas de que a ex-modelo, durante o namoro, se hospedou catorze vezes no Hotel Emiliano, em São Paulo. Essa não é a única ação de Luiza contra o ex. Na área criminal, ele foi condenado em julho de 2017 a um ano de detenção, convertido no mesmo período de prestação de serviços comunitários, pela agressão à companheira em maio de 2016, em Nova York. Ao tornar pública a violência sofrida, Luiza relatou ter tido quatro costelas quebradas, além de lesões no olho esquerdo. A defesa do bilionário, por sua vez, aguarda para os próximos meses o resultado de um recurso impetrado. Essa briga, pelo que se vê, ainda reserva novos rounds.

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