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Chico Alves: o equilíbrio entre o burocrata e o artista

O cantor e compositor participou da live Cena Carioca no Instagram de Veja Rio, e revelou que a pandemia acelerou decisão sobre viver do que gosta

Por Bruna Motta
Atualizado em 3 nov 2020, 11h29 - Publicado em 3 nov 2020, 11h28
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  • O papo desta semana na live Cena Carioca foi sobre samba. A colunista Rita Fernandes recebeu o cantor e compositor capixaba Chico Alves. Ao longo da vida, o artista precisou equilibrar o trabalho de executivo com a carreira de músico. Ele viveu por mais de vinte anos no Rio, e agora uniu as duas profissões em São Paulo, onde comprou uma casa de samba. “Nunca vou conseguir abandonar o Rio, tenho uma relação umbilical”, disse Chico.

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    O artista também falou sobre suas parcerias e como tem sido a experiência recente de compor sambas-enredos. “É muito difícil, preciso de alguém para começar, e aí, sim, eu entro na jogada”.

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    Confira abaixo alguns trechos da conversa:

    Mudança Rio – São Paulo

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    “Eu vim para São Paulo porque aqui já tem roda de samba liberada há dois meses. Claro, sem aglomeração, como se as pessoas estivessem num restaurante ouvindo música. O público não pode ficar em pé. Mas a gente sabe que é difícil ouvir samba sem se mexer”.

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    Vida de músico

    “Virei dono de bar, comprei o Traço de União, casa de samba tradicional na Vila Madalena, em São Paulo. É uma decisão que eu venho amadurecendo há muito tempo, não estava nos meus planos ser dono de casa de samba, mas eu queria muito sair da vida de executivo. Por anos, me dividi entre a música e o trabalho burocrático. Quando veio a pandemia, ficar isolado em casa, vendo muitos amigos partindo, pensei: preciso viver do que eu gosto. Dei uma organizada financeira e deu certo”.

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    Rio

    “Vai ser a minha eterna amante, não tenho como largar essa cidade. Tenho ido ao Rio, fico uma parte da semana por lá. É onde me alimento de alegria, poesia, amigos. Não dá para pensar numa saída definitiva. Ser carioca é um estado de espírito”.

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    Samba do Peixe na Rua do Ouvidor

    “O projeto está parado porque a energia por lá é de muita aglomeração. Não tem como fazer de forma com que as pessoas fiquem sentadas. Não vamos fazer algo que possa causar problema, então adiamos a data de retorno e nem temos previsão de voltar. O samba é na rua. Infelizmente, teremos que segurar um pouquinho mais essa saudade”

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    Relação artista e fã

    “Eu chego em São Paulo e fico emocionado com a reverência com os compositores. Não que no Rio não exista esse carinho, sei que há porque sou uma prova disso. Mas a relação do artista com o público no Rio é tão próxima que todo mundo se sente amigo. Nós construímos isso por estar sempre na rua. Aqui em São Paulo, os fãs ficam emocionados”.

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    Parcerias

    “Nunca pedi para ser parceiro de ninguém, isso foi acontecendo naturalmente. Algo muito importante para mim. Tenho grandes amigos que são meus ídolos também. Para um cara que veio de Vitória, sem ter a mínima ideia do que podia acontecer, isso é uma conquista indescritível. Eu era fã do Moacyr Luz e hoje sou parceiro dele. Isso aconteceu com muitos outros músicos, como o Toninho Geraes, por exemplo”.

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    Samba enredo

    “Em 2018 me perturbaram para fazer samba-enredo. Na primeira tentativa, ganhei na Vila Isabel. O processo de composição de samba-enredo é uma construção que não é qualquer um que consegue fazer. Até hoje não sei fazer sozinho, porque precisa pensar em muita coisa”

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