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Por que é tão difícil despoluir a Lagoa

Mesmo com o investimento de 15 milhões de reais, as águas de um dos cartões-postais mais famosos do Rio continuam sujas

Por Felipe Carneiro
Atualizado em 5 dez 2016, 16h07 - Publicado em 18 ago 2011, 20h25

Sempre que pode, o bilionário Eike Batista faz um desafio aos seus interlocutores: ?Daqui a seis meses eu e você estaremos nadando na Lagoa?. Já ouviram essa frase, por exemplo, a atriz Fernanda Torres e o apresentador Jô Soares. De fato, o empresário vem gastando uma soma considerável de dinheiro para tentar recuperar um dos pontos turísticos mais famosos da cidade. Desde 2008 já foram investidos 15 milhões de reais no programa de despoluição, quantia empregada para acabar com as ligações clandestinas de esgoto que jorravam das galerias pluviais. No entanto, nem mesmo o mais otimista dos funcionários do grupo EBX acha que o feito será cumprido em apenas meio ano. E a razão é simples. As características geográficas do local estão entre os maiores empecilhos para que a promessa de Eike seja realizada.

Lagoas costeiras, a exemplo da Rodrigo de Freitas, convivem com um problema de difícil solução: a vocação natural para ser depósito de matéria orgânica e sedimentos, trazidos por rios ou pela ação da chuva nos morros. No caso específico, a conta tem ainda o acréscimo de anos e anos sem que houvesse qualquer fiscalização sobre o despejo de esgoto. Uma questão penosa, agravada por uma segunda ação humana. Em consequência da extração de terra para a criação de aterros e áreas de lazer no entorno, a profundidade atinge 9 metros em alguns pontos, dificultando a circulação da água e contribuindo para o acúmulo de gases venenosos (veja quadro abaixo). Com tantos obstáculos pela frente, Eike já prometeu investir outros 15 milhões para atingir seu objetivo. Se conseguir, e os avanços são inegáveis, é justo que ele seja o primeiro a mergulhar por ali.

[—FI—]

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