Continua após publicidade

Júlia Rangel criou a Rede Postinho de Saúde

O objetivo da iniciativa é prestar atendimento às mulheres dos morros do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho

Por Heloiza Gomes
Atualizado em 27 abr 2017, 14h36 - Publicado em 21 abr 2017, 13h00
  • Seguir materia Seguindo materia
  • (Felipe Fittipaldi/Veja Rio)

    Nos últimos períodos da faculdade de psicologia, Júlia Rangel começou a estagiar no Projeto Olha para Mim, voltado para pessoas em situação de rua. Em meio ao trabalho, ela foi surpreendida pela notícia de que o programa seria encerrado, e decidiu continuar ajudando por conta própria. Por sugestão de um amigo, visitou o Morro do Cantagalo, em Ipanema. “Subi com a cara e a coragem, procurei o presidente da associação de moradores e me ofereci para dar atendimento lá uma vez na semana”, relembra. Através das redes sociais, ela convocou os amigos da área de saúde e convenceu quatro deles a ser voluntários na comunidade. “A associação nos cedeu uma casa e começamos. A princípio, éramos eu, um ortopedista, uma enfermeira, uma nutricionista e um fisioterapeuta”, conta. Aos poucos, Júlia ganhou a confiança dos moradores, o número de voluntários aumentou e, no fim de 2011, ela conseguiu estruturar a Rede Postinho de Saúde.

    Publicidade

    “Acredito que, se cada um der um pouco, esse pouco vira muito. Eu não vou mudar o mundo, mas posso ajudar algumas pessoas a viver com mais dignidade”

    No ano seguinte, diante das péssimas condições do imóvel onde a equipe dava plantão, o projeto foi suspenso. Uma reportagem sobre o encerramento das atividades, porém, garantiu sua continuidade. “Um médico, de São Paulo, viu, veio nos visitar e pagou toda a reforma. Ele acabou se juntando ao grupo e, até hoje, vem a cada quinze dias ajudar.” Atualmente, a Rede Postinho de Saúde recebe mulheres a partir de 13 anos, conta com 35 voluntários e presta cerca de 300 atendimentos por mês. A atual lista de especialidades é grande: assistência médica, psicoterapia, fisioterapia, nutrição e terapias alternativas, como reike, acupuntura e florais. Tudo sem patrocínio. “Contamos com doações e fazemos eventos para arrecadar fundos”, afirma a psicóloga, que tem o apoio da atriz Letícia Spiller como madrinha do projeto. “Acredito que, se cada um der um pouco, esse pouco vira muito. Eu não vou mudar o mundo, mas posso ajudar algumas pessoas a viver com mais dignidade”, diz Júlia, que pela iniciativa recebeu os prêmios Dom, do Grupo Fleury, em 2013, e Fundo de Mulheres, da Brazil Foundation, em 2016.

    Publicidade
    Publicidade

    Essa é uma matéria fechada para assinantes.
    Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

    Domine o fato. Confie na fonte.
    10 grandes marcas em uma única assinatura digital
    Impressa + Digital no App
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital no App

    Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

    Assinando Veja você recebe mensalmente Veja Rio* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
    *Para assinantes da cidade de Rio de Janeiro

    a partir de R$ 39,90/mês

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.