Imprevistos marcam os preparativos para os Jogos

Alguns são trágicos, como a queda da ciclovia, há aqueles banais, a exemplo da pane no VLT, e outros que são irritantes — caso dos buracos no asfalto do novíssimo Elevado do Joá

Por Pedro Tinoco
Atualizado em 5 dez 2016, 11h16 - Publicado em 11 jun 2016, 01h00
Picareta em ação na obra malfeita: a cratera surgiu apenas dez dias após a inauguração da via e o conserto realizado não durou nem 24 horas
Picareta em ação na obra malfeita: a cratera surgiu apenas dez dias após a inauguração da via e o conserto realizado não durou nem 24 horas (Pablo Jacob/Ag. O Globo/)
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Foi a maior festa, lá e cá: em outubro de 2009, durante uma cerimônia em Copenhague, na Dinamarca, anunciou-se a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016. Na disputa, é sempre bom lembrar, ficaram para trás metrópoles do naipe de Chicago, Madri e Tóquio. Orgulho, euforia e uma tremenda fé em dias melhores, abastecida pelo pacote de melhorias anunciado como legado olímpico, marcaram o começo dos preparativos para o grande evento em terra carioca. Depois vieram as crises econômica e política, entre outros percalços. Dois deles ocorreram na última semana: a pane elétrica do VLT, na segunda, 6, pouco mais de 24 horas após a sua inauguração, e o esfarelamento do asfalto nas pistas do novo Elevado do Joá, registrado na terça (7). O enguiço do transporte sobre trilhos, sistema ainda em fase de implementação, inspirou mais piadas do que indignação. Já os buracos no elevado — um deles bem vistoso, com cerca de 2 metros quadrados — tiraram do sério até o prefeito Eduardo Paes, que considerou o problema “inaceitável” em entrevista ao jornal Bom Dia Rio, da TV Globo. A ligação entre São Conrado e a Barra começou a ser levantada em junho de 2014, custou 457,9 milhões de reais e foi entregue aos motoristas no último 28 de maio. Dez dias depois, exibia indesculpáveis falhas no asfalto. Pior: o conserto, flagrado na foto acima, não durou nem um dia. Não há mais tempo para tropeços. A tolerância zero deve vigorar, no mínimo, em respeito à morte do engenheiro Eduardo Marinho de Albuquerque e do gari comunitário Ronaldo Severino da Silva, perto dali, vítimas do desmoronamento de parte da ciclovia de São Conrado, em 21 de abril.

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