Como a Inteligência Artificial pode ajudar o Rio a prever chuvas fortes

Impa desenvolve algoritmo que permite saber com antecedência onde e quanto deve chover, ajudado prefeitura a se planejar e impedir catástrofes ambientais

Por Da Redação
30 jun 2023, 12h07

chuva no Rio — Temporal no Rio: até 16h10, a cidade registrava 22 bolsões d'água que prejudicavam o trânsito. (Fernando Frazão/Agência Brasil)

Será que vai chover? E quanto? O Instituto de Matemática Pura e Aplicada (Impa) está desenvolvendo um código de inteligência artificial para aperfeiçoar a previsão de chuvas na cidade do Rio, em parceria com a prefeitura e assistência do Google. Na prática, o município fornece acesso aos dados de chuva da cidade, e os integrantes do Centro de Projetos e Inovação Impa (Centro Pi) criam o algoritmo cruzando informações de várias fontes, como pluviômetros, radar e satélite. Assim, será possível saber, com antecedência de algumas horas, onde deve chover e com qual intensidade, a fim de auxiliar o planejamento dos órgãos públicos para catástrofes ambientais.

+ Censo 2022: população da cidade do Rio cai quase 2% em comparação com 2010

“Esse é um problema muito desafiador do ponto de vista preditivo, porque envolve dados complexos, em múltiplas escalas, e de várias fontes distintas. É uma excelente oportunidade para desenvolver novas direções de pesquisa e ter um impacto concreto para a cidade”, destacou o pesquisador do Impa Paulo Orenstein, que participou do anúncio do projeto na terça (29), no evento “Google for Brasil”, em São Paulo.

+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui

Continua após a publicidade

Já João Carabetta, chefe de dados do Escritório de Dados da Prefeitura do Rio de Janeiro, afirmou que a parceria demonstra o compromisso do governo no uso da tecnologia para enfrentar desafios climáticos: “Ao combinar a experiência do Google e do Impa com nossas habilidades e o poder de prevenção e reação da prefeitura a eventos climáticos, seremos capazes de criar uma abordagem mais eficaz e preditiva para lidar com fenômenos extremos”.