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… Guilhermina Guinle

Por Da Redação
Atualizado em 5 dez 2016, 16h02 - Publicado em 19 set 2011, 00h01
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roteirocinema3perguntasinterna.jpg (Redação Veja rio/)
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Nascida no Rio de Janeiro e criada entre Argentina e São Paulo, a atriz Guilhermina Guinle, de 37 anos, se lança como produtora de cinema no road movie dramático Além da Estrada, dirigido por seu meio-irmão Charly Braun. Atualmente na pele da sensual Beatriz da telenovela O Astro, ela faz uma ponta no longa-metragem, já em cartaz na cidade.

Como surgiu a oportunidade de virar produtora? Embora Charly tenha feito alguns trabalhos como ator, eu achava que sua sensibilidade era para a direção. Meu irmão sabe unir talento e cultura, morou em vários países e conviveu com pessoas de níveis sociais distintos. Queria ajudá-lo em seu primeiro longa-metragem e, para isso, tive de aprender sobre leis de incentivo fiscal e ir aos lugares certos para pedir dinheiro para a produção. Ele pretendia fazer um road movie no Uruguai e usar como locação a fazenda do pai dele, em Punta del Este, antes de o local ser vendido ao grupo Fasano para a construção do hotel Las Piedras, inaugurado no ano passado. Até a nossa amiga e modelo Naomi Campbell deu uma força, fazendo uma participação como ela mesma.

O casamento de sete anos com José Wilker aumentou sua paixão pelo cinema? Fui um pouco influenciada por ele, sim. Não tem como ser diferente quando você convive com uma pessoa apaixonada por cinema e dona de 8 000 títulos. Na época em que estávamos casados, decidi fazer faculdade de cinema. O diretor Ruy Guerra era coordenador e um dos professores. Eu olhava a coleção do Wilker e nem sabia por onde começar. Vi tudo de Kubrick, Woody Allen, Scorsese… Não tenho nada contra as produções de entretenimento, mas prefiro o “filme cabeça”, aquele que você sai da sessão e não sabe direito se entendeu. Exemplos recentes? Melancolia e A Árvore da Vida.

Você vive entre São Paulo e Rio de Janeiro. O que uma cidade tem e a outra não, e vice-versa? Eu me acostumei com a ponte aérea. Tenho apartamento montado em São Paulo e no Rio, com carro, cachorro, amigos… Eu até brinco dizendo que há roupas daqui e de lá. As duas cidades se completam. Por ser num balneário, o Rio tem um dia a dia mais simples. Todos gostam de você pelo que você é e não pelas coisas materiais. Os cariocas se encontram numa esquina, tomam um chope e vão à praia de chinelo e short. Em São Paulo, se você aparece em algum lugar de sandálias Havaianas, te olham meio torto. Amo, porém, a vida cultural paulistana. É uma Nova York, com muitas coisas acontecendo ao mesmo tempo.

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