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O futuro do Hotel Intercontinental, em São Conrado, fechado desde 2018

Estabelecimento, que já teve as bandeiras Royal Tulip e Pullman RJ, segue o destino do Glória e do Novo Mundo: vai virar residencial

Por Da Redação
17 out 2022, 16h06

Após quase 50 anos de bons serviços prestados ao turismo carioca, o antigo Hotel InterContinental, em São Conrado – que também já foi Royal Tulip e por último ostentou a marca Pullman RJ – é mais um estabelecimento hoteleiro que vai ser transformando em condomínio residencial. A exemplo do Glória e do Novo Mundo, o complexo, que fechou para obras em 2018 (ainda antes da pandemia do Covid-19) e jamais reabriu as portas, será retrofitado. O pedido foi feito à prefeitura pela Brazilian Hospitality Group (BHG) e a Sig engenharia. A ideia é fazer adaptações no imóvel principal para funcionar como um residencial com serviços e construir mais quatro prédios com no máximo cinco pavimentos em uma reforma que deve durar cerca de três anos.

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Segundo Otávio Grinberg, um dos sócios da Sig Engenharia, a proposta é ter o mesmo número de unidades residenciais do que o das unidades do hotel: 418. O gabarito será mais baixo nos outros prédios anexos. “No prédio principal, serão apartamentos menores, mas de maior luxo. Os anexos terão um gabarito mais baixo que o permitido para não ter tanto impacto para os moradores das vizinhanças”, disse ele ao jornal O Globo. O projeto paisagístico será do escritório de Burle Marx. Os preços dos apartamentos ainda não estão fechados, mas Otávio estima que o metro quadrado para venda fique em torno de 20 mil reais.

A Sig Engenharia é a mesma empresa que, com outros parceiros, está executando retrofits para converter os antigos Hotel Glória e Hotel Everest (Ipanema) em unidades residenciais. De acordo com o presidente do Sindicato dos Meios de Hospedagem do Rio (Hotéis Rio), Alfredo Lopes, os Jogos Olímpicos, em 2016, ampliaram a oferta de quartos de 29 mil para 62 mil. Hoje, pós-pandemia, são 47 mil. “Esse número de quartos que temos hoje é o ideal para a situação atual”, diz ele, acrescentando que outros dois problemas desestimulam o uso hoteleiro naquele ponto de São Conrado: a circulação viária é um deles, já que no entorno há operação constante de faixas reversíveis para a Avenida Niemeyer, e a ocupação desordenada da Rocinha nos últimos anos.

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Otávio não divulgou o custo total do investimento. Mas o retrofit do prédio principal, com 17 andares e 55 metros de altura, exigirá muitas adaptações. O hotel tinha, por exemplo, dois restaurantes, dois bares e um centro de convenções com, 20 salas de reuniões que precisarão ganhar instalações como lavanderias e outras instalações para apoio aos moradores. A BHG é proprietária do prédio desde 2011, quando adquiriu o imóvel da Brascan Imobiliária. Entre 2011 e 2018 operou sob duas bandeiras: inicialmente Royal Tullip e a partir de 2017 com a bandeira Pullman.

Localizado na praia de São Conrado, ao lado do Gávea Golf Club, o InterContinental foi inaugurado em 1971 com promessas de ampliação. Em um terreno de  27.500m², o edifício totaliza 31.500m² de área construída distribuídos em um subsolo, térreo, e dezesseis pavimentos-tipo. Cada pavimento possui 32 unidades hoteleiras com varanda, e três suítes foram projetadas nos últimos andares. O hotel chegou a receber um investimento de 70 milhões de reais para se adequar ao padrão de uma hotelaria 5 estrelas. Mas, em 2017, 21 hotéis da BHG foram repassados à multinacional francesa Accor Hotels, entre eles o que acabou virando o Pullman RJ São Conrado.

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Hoje resta apenas um cinco estrelas em São Conrado. Trata-se do Hotel Nacional, que em 2019 foi reaberto, após ter fechado as portas em 1995, com a falência do grupo Interunion. O imóvel em forma cilíndrica foi projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer. Para viabilizar a retomada do imóvel como empreendimento hoteleiro, a prefeitura concedeu uma série de incentivos urbanísticos. Um desses incentivos permitiu a construção de um centro de convenções de 20 mil metros quadrados no mesmo terreno.

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