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Empresa de boné usado por Lula monta força-tarefa para atender pedidos

Abreviação 'CPX', estampada no acessório, foi alvo de fake news na última quarta (12), após visita de Lula ao Complexo do Alemão

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 17 out 2022, 15h28 - Publicado em 17 out 2022, 15h27
Foto mostra bonés com a inscrição CPX
'CPX': demanda aumentou após o acessório ser alvo de comentários na internet (Reprodução/Instagram)
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Usado pelo candidato à presidência Luís Inácio Lula da Silva (PT) em uma visita ao Complexo do Alemão na última quarta (12), o boné com a sigla ‘CPX’ (abreviação da palavra “complexo”) roubou a cena nas redes sociais e inspirou outras pessoas a apostarem o modelo. Diante da grande demanda, a empresa que confeccionou a inscrição iniciou uma força-tarefa para dar conta de todos os pedidos.

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Em apenas um dia, a Junior Bordados, que fica em Irajá, recebeu mais de 500 solicitações pelo acessório. A equipe, que passou de três funcionários para oito, agora trabalha até de madrugada para conseguir realizar as entregas. “Estamos trabalhando 24 horas por dia, com atendimento redobrado e com funcionários extras”, disse Vitória Gonçalves, uma das sócias da gráfica, ao G1.

Há cinco anos atuando no ramo, a empresa sofreu uma queda de produção durante a pandemia, e somente agora com o ‘hit’ do boné na internet tem conseguido recuperar o ritmo anterior. A gráfica tem enviado os produtos para todos país, mas alguns clientes que moram perto tem até buscado o boné por meio de carro de aplicativo.

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CPX: Abreviação da palavra
CPX: Abreviação da palavra “complexo impressa em boné de Lula gerou uma série de fake news por parte de apoiadores de Jair Bolsonaro (./Reprodução)

A sigla foi alvo de fake news nas redes sociais após a aparição de Lula com o boné. Perfis bolsonaristas começaram a distorcer o sentido da abreviação nas redes e a dizer que ela estaria associada com o tráfico de drogas. ‘CPX’, no entanto, sempre foi usada por moradores locais e aparece nas redes sociais da Polícia Militar e na Lei de Diretrizes Orçamentárias do Governo do Rio de Janeiro para se referir aos conjuntos de favelas da cidade, como o Complexo do Alemão, da Maré, da Penha, entre outros.

“Desde sempre CPX é abreviação de Complexo. Assim como usam Bxd para Baixada e RJ para Rio de Janeiro”, disse Rene Silva, fundador da ONG e jornal comunitário Voz das Comunidades em um esclarecimento nas redes sociais na última quinta (13). O líder social nascido e criado no Complexo do Alemão foi quem deu o boné a Lula, com o objetivo de deixar uma lembrança da comunidade com o político.

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Depois da repercussão sobre a sigla, Rene passou a divulgar o perfil da Junior Bordados para que as pessoas façam doações. “Quer um boné do CPX? Entre em contato com @jr.bordados e se você doar R$ 25, você doa um boné para a @vozdascomunidades distribuir bonés no CPX!”, escreveu em uma publicação do Instagram.

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