Como a Floresta da Tijuca voltou receber araras-canindé após 200 anos
Aves ficarão em observação por cerca de seis meses, quando será avaliado se já estarão em condições de serem liberadas nos céus do Rio

Elas estão de volta: majestosas e imponentes, as araras-canindés (Ara ararauna), símbolos da fauna brasileira, retornaram ao Rio de Janeiro depois de mais de 200 anos de extinção nessa área. Quatro aves da espécie acabara de chegar ao Parque Nacional da Tijuca, em uma ação que marcou o Dia Mundial do Meio Ambiente.
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A reintrodução faz parte do Refauna, programa de restauração ecológica iniciado em 2010, com apoio do ICMBio e de diversos parceiros. A iniciativa busca recuperar a fauna original da Mata Atlântica e já devolveu ao parque espécies como a cutia-vermelha, o jabuti-tinga e o bugio-ruivo. Na Reserva Ecológica de Guapiaçu, a anta também foi reintroduzida pelo projeto.
As araras vieram do Refúgio das Aves, centro de acolhimento e reabilitação de animais silvestres localizado no Parque Três Pescadores, em Aparecida (SP). Agora, no coração da Floresta da Tijuca, elas passarão por um período de adaptação e monitoramento de cerca de seis meses. Só então será avaliada a possibilidade de soltura definitiva na natureza.
A presença das araras é um passo importante para o equilíbrio ecológico e reforça o compromisso com a conservação da biodiversidade na cidade.