Covid-19: confiança na indústria fluminense tem a maior queda da história

O documento, divulgado nesta quarta-feira (22), aponta que o empresário fluminense está pessimista em relação às condições atuais

Por Agência Brasil
23 abr 2020, 12h03
Casa Firjan
Casa Firjan: o fim de semana tem feira gastronômica no jardim e diversas atividades gratuitas (Felipe Fittipaldi/Divulgação)
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O Índice de Confiança do Empresário Industrial Fluminense, elaborado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), registrou, em abril, a maior queda mensal de toda a sua história, fechando em 33,9 pontos, com uma retração de 25,5 pontos em relação ao mês de março. O documento, divulgado nesta quarta-feira (22), aponta que o empresário fluminense está pessimista tanto em relação às condições atuais quanto à expectativa para os próximos seis meses devido ao cenário de incerteza provocado pela pandemia do novo coronavírus (covid-19).

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“Nunca vimos uma queda mensal tão expressiva como esta. Estamos diante de um quadro totalmente novo, em que a incerteza é muito grande no que diz respeito a quando começaremos uma trajetória de recuperação econômica”, disse o gerente de Estudos Econômicos da Firjan, Jonathas Goulart.  “Vínhamos de um momento de expectativa de recuperação econômica e a pandemia acabou com qualquer perspectiva de melhoria da atividade econômica no curto ou médio prazo. A paralisação das atividades por tempo indeterminado aumentou de forma significativa a insegurança do empresário em relação à intensidade e duração da crise”.

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A queda de abril ocorreu após três meses de redução, acumulando menos 30 pontos desde janeiro. No indicador condições atuais (30,6 pontos), a confiança do empresário reduziu quase 23 pontos em comparação a março, traduzindo o impacto da paralisação sentido no dia a dia.

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Expectativa

Ainda mais expressiva foi à queda do indicador expectativa. Após mais de dois anos de perspectivas positivas, o indicador retraiu 27 pontos em relação a março, chegando ao menor patamar (35,6 pontos) da série histórica, iniciada em 2010. A pesquisa foi realizada entre 1º e 14 de abril e varia de zero a 100 pontos. Os resultados acima de 50 representam melhora ou otimismo e, abaixo, indicam piora ou pessimismo.

O vice-presidente da Firjan e presidente do Conselho Empresarial de Economia da federação, Sérgio Duarte, ressalta a importância do auxílio do governo para que o empresariado reconstrua a sua confiança e atravesse este momento turbulento.

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“As empresas que ainda não quebraram, ou vão quebrar ou vão sair da pandemia em condições muito críticas. Infelizmente, as mais afetadas serão as de pequeno porte, que representam a maioria em nosso estado. Portanto, é fundamental que o governo entre em campo disponibilizando soluções imediatas. Embora as medidas liberadas estejam indo na direção certa, ainda há muita burocracia a ser vencida para que essa ajuda chegue ao empresário na velocidade que ele necessita”, disse Duarte.

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Para o vice-presidente, o avanço das reformas estruturais havia dado novo ânimo à confiança do industrial fluminense, embora sem apresentar o crescimento ideal. “No dia a dia, os empresários ainda atravessavam muitas dificuldades, mas a expectativa era de melhora. E esta é a principal mola propulsora da economia. Quando há expectativa, nos aventuramos mais, investimos e planejamos mais, porque estamos confiantes no futuro. O que temos agora é a conjunção de uma realidade econômica desastrosa e uma insegurança tremenda em relação ao que está por vir”, disse.

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