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A feira da moda

O Mercado cai nas graças de quem gosta de garimpar peças de novos estilistas

Por Carla Knoplech
Atualizado em 5 dez 2016, 16h08 - Publicado em 29 jul 2011, 13h25
Fernando Frazão
Fernando Frazão (Redação Veja rio/)
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Uma agitação atípica tomou conta do Clube Israe­lita Brasileiro há dois fins de semana (dias 16 e 17), com um entra e sai de gente que lembrava o da vizinha Galeria Menescal, conhecido reduto comercial de Copacabana. Tamanha movimentação era causada pela feira chamada O Mercado, realizada no salão da agremiação, que aos poucos cai nas graças dos consumidores ? mulheres, em sua maioria. Idealizada pelas produtoras Clarissa Muniz e Jê Muniz, que a despeito do mesmo sobrenome não têm parentesco, a atração se propõe a revelar novos estilistas de talento. Para participarem do evento, os expositores passam por um processo de seleção feito pelas duas curadoras. Nessa triagem, elas levam em consideração a inventividade e a qualidade dos produtos. “Não nos interessa a cópia de um acessório que faz sucesso na novela”, afirma Jê. “Nosso objetivo é encontrar propostas autorais.”

O Mercado segue o modelo de outros eventos similares já realizados no Rio, que foram responsáveis pelo lançamento de grifes hoje bem estabelecidas (veja o quadro abaixo). Marcou época aqui a Babilônia Feira Hype, cuja primeira edição ocorreu de forma tímida no bairro do Flamengo, em 1996, mas posteriormente cresceu a ponto de ter de se transferir para o Jockey Club da Gávea. O formato grandioso demais acabou por inviabilizá-la, e ela saiu de cena em 2007. Num impulso nostálgico, seus criadores, Robert Guimarães e Fernando Molinari, prometem relançá-la em dezembro. Também é muito lembrado o Mercado Mundo Mix, concebido em 1994 e em atividade no Rio até 2009. A ideia é que ele retorne no próximo verão.

Enquanto as antigas feiras não voltam à ativa, os garimpeiros de novidades tratam de bater perna pelos corredores do empreendimento de Clarissa e Jê Muniz, que reúne em torno de sessenta barracas. Entre as apostas da dupla está a grife Hola Guapa, que confecciona vestidos artesanais. “Vendemos setenta peças por mês em nosso site. Aqui, negociamos a metade disso em um dia”, diz a sócia Ana Paula Garcez. Ao lado de seu ponto fica a tenda do designer Luciano Maia, criador de camisetas com estampas originais. As próximas edições do Mercado, sempre itinerante, serão nos dias 12, 13, 19 e 20 de agosto, no restaurante Drink Café, no Humaitá. Devido à boa divulgação espontânea, Clarissa e Jê revelam que o assédio se inverteu. “Marcas que antes recusavam o convite agora nos pedem para entrar”, conta Clarissa.

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