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Por que o RJ não vai liberar vacina de dengue para quem tem mais de 4 anos

Recomendação do Ministério da Saúde é de liberar apenas lote que vence em 30 de abril, mas Secretaria estadual de Saúde esclarece que não é o caso do estado

Por Paula Autran
Atualizado em 18 abr 2024, 13h35 - Publicado em 18 abr 2024, 13h33
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Vacina contra dengue: hora de se imunizar para o próximo verão é agora (Maurício Bazílio/SESRJ/Divulgação)
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A notícia de que Ministério da Saúde adotou uma estratégia temporária para aplicação das vacinas da dengue que estão próximas ao vencimento, nesta quinta (18), animou cariocas e fluminenses fora da faixa etária prioritária com a possibilidade de se imunizarem contra a doença. Afinal, na rede particular as duas doses da Qdenga – que devem ser tomadas num intervalo de três meses para completar o esquema vacinal e garantir imunização por toda a vida -, saem por cerca de mil reais. Mas a boa nova não se enquadra no estado do Rio. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que as vacinas para dengue recebidas por aqui têm validade até o final de junho e julho, e não abril. Ou seja, mesmo os municípios que ainda têm doses disponíveis não estão incluídos na recomendação do ministério e não podem aplicá-las em quem não tem entre 10 e 14 anos.

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“Em 22 de fevereiro, a SES-RJ recebeu 231.928 doses de vacinas contra a dengue, que foram distribuídas aos 12 municípios determinados pelo Ministério da Saúde: Rio de Janeiro, Nilópolis, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, São João de Meriti, Itaguaí, Magé, Belford Roxo, Mesquita, Seropédica, Japeri e Queimados. De acordo com o monitoramento da Gerência de Imunizações da SES-RJ, os 12 municípios ainda possuem doses disponíveis“, informou a secretaria, em nota.

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A estratégia temporária do Ministério da Saúde foi definida para que não haja desperdício de vacinas. Assim, os municípios brasileiros que receberam a Qdenga e permanecem com baixa adesão na campanha de vacinação podem aplicar as doses próximas ao vencimento no público especificado na bula do medicamento, que vai dos 4 aos 59 anos – dando preferência, inicialmente, à  faixa de 6 a 16 anos. “Essa medida só deverá adotada em caso de necessidade, para que não haja perda do imunizante“, diz o ministério, em nota, acrescentando que aqueles que forem contemplados por meio deste plano de ação terão a segunda dose garantida. “Precisamos lembrar que essa estratégia é apenas para as vacinas que possuem prazo de validade em 30 de abril. Ou seja, as cidades que não tiverem mais doses desse lote permanecem com o público recomendado anteriormente, de 10 a 14 anos”, pontua Eder Gatti, diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI).

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