Para Simone Spoladore
Em cartaz no Teatro Gláucio Gill apenas até segunda (17), peça em que a atriz vive Marilyn Monroe deve ganhar nova temporada em 2013
Radicada no Rio há uma década, a atriz curitibana de 33 anos construiu uma carreira bem peculiar.
No cinema, abraçou projetos ousados, como os dos filmes Lavoura Arcaica (2001), de Luiz Fernando Carvalho, e Sudoeste (2011), de Eduardo Nunes. Na TV Record, está no ar como Violeta Osório, personagem da novela Balacobaco. Em outra frente, o teatro, defende um papel inspirado em Marilyn Monroe (1926-1962) escrito pelo dramaturgo americano Arthur Miller, que foi casado com a estrela. Em cartaz no Teatro Gláucio Gill apenas até segunda (17), o drama Depois da Queda, dirigido por Felipe Vidal, deve ganhar nova temporada em 2013.
Maggie, sua personagem na peça, espelha um ícone: Marilyn Monroe. O que vocês têm em comum? Olha, eu busquei inspiração nela, mas só isso, porque é impossível ser como ela, que é única. Procurei construir uma personagem com algo dela, mas também com características próprias. Não há ninguém como Marilyn na história do cinema. A contradição que ela carrega, de ser ícone e muito frágil ao mesmo tempo, de não conseguir se adequar ao mundo, me comoveu demais.
Seus trabalhos no cinema são autorais, ousados. Há espaço para invenções na Record? A TV, em
geral, não é o melhor lugar para experimentações. Mas, como tenho essa necessidade de abrir novos caminhos, fiz bastante coisa diferente por lá. Tive a oportunidade, por exemplo, de fazer humor ao interpretar a Verônica em Bela, a Feia (2009/2010). Tenho vontade de trabalhar em outras emissoras e canais fechados também. Não consigo ficar muito parada em um único lugar.
É possível viver de cinema no Brasil? É bem difícil, sim, porque pouquíssimos filmes nacionais conseguem grandes bilheterias. Como participo mais de produções independentes, que não têm essa característica de atingir a massa, acaba sendo mais complicado ainda. Mas o cinema é minha paixão, era um sonho desde a adolescência lá em Curitiba.