Em dez anos, quase mil casos de falsos médicos, dentistas e farmacêuticos
São sete ocorrências por mês no estado do Rio, segundo dados da Polícia Civil; por ser um crime de baixo potencial ofensivo, infrator paga a fiança e sai
De 2012 a maio deste ano, a Polícia Civil registrou 947 casos de prática ilegal de profissões relacionadas à saúde, uma média de sete ocorrências por mês no estado do Rio, segundo dados obtidos via Lei de Acesso à Informação pelo jornal O Globo. O Código Penal prevê pena de detenção de seis meses a dois anos para quem pratica ilegalmente “a profissão de médico, dentista ou farmacêutico, sem autorização legal ou excedendo-lhe os limites”.
Meia maratona inédita no Rio terá largada no pôr do sol do Corcovado
As entidades de classe, no entanto, recebem poucas denúncias. Foram quatro casos de exercício ilegal no Conselho Regional de Medicina do Rio (Cremerj) em 2021. A entidade está implementado um carimbo antifraude, que tem QR Code com informações do profissional no site do Cremerj.
+ Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui
Já o Conselho Regional de Odontologia flagrou 34 falsos dentistas desde o ano passado, 15 deles em 2022. Lucas Fonseca, coordenador de fiscalização da entidade, calcula que as denúncias aumentaram cerca de 20% nos últimos anos: “Existe do acadêmico que não quer esperar o tempo necessário para se tornar um profissional ao falso dentista que nunca pisou em uma faculdade de odontologia. Infelizmente por ser um crime de baixo potencial ofensivo, o infrator paga a fiança e sai, mas estamos lidando com a saúde das pessoas”.