Os efeitos do fim do programa de auxílio de renda Supera RJ
Criado na pandemia, ele foi extinto pelo governador, em ato publicado nesta quinta (20) no Diário Oficial; acordo com Alerj garante pagamento até agosto
O fim do programa Supera RJ foi sancionado pelo governador Cláudio Castro no Diário Oficial desta quinta (20). Embora um acordo com a Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) tenha garantido o pagamento do auxílio de renda criado na pandemia até agosto, os beneficiários reclamam que o dinheiro não cai na conta desde abril.
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O texto também prevê que os beneficiários vão ter até 90 dias para sacar o dinheiro restante nas contas. Segundo o documento, os eventuais depósitos que não foram sacados pelos usuários vão retornar ao Tesouro Nacional. A Secretaria estadual de Desenvolvimento Social e Direitos Humanos disse ao G1 que a folha de pagamento de maio está em processamento e que os beneficiários receberão nos próximos dias. Afirmou ainda que, depois do fim do Supera RJ, “vai continuar atendendo a população com programas como o Restaurante do Povo, Café do Trabalhador, Aluguel Social, entre outros”.
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O Supera RJ foi criado para ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade num dos momentos mais críticos da pandemia de Covid, em março de 2021. A ideia era destinar, todo mês, 200 reais para quem precisa. Os adultos com até dois filhos teriam que receber um acréscimo de 50 reais para cada criança. Mas, desde o lançamento, foram muitas queixas de atrasos no recebimento do cartão e nos pagamentos. Uma auditoria do Tribunal de Contas do Estado também apontou que houve depósitos para servidores públicos, presidiários e pessoas mortas. Segundo o TCE, até o dono de um avião recebeu o benefício.