Para Inez Viana
A atriz dirige Maravilhoso, no Gláucio Gill, e a adaptação de Nem Mesmo Todo o Oceano, de Alcione Araújo, que acabou de estrear no Espaço Sesc
De onde veio o desejo de levar Nem Mesmo Todo o Oceano para o palco? Conheci o livro em 2000, enquanto me recuperava de uma cirurgia. Mas só tive a ideia de adaptá-lo doze anos depois. Entrei em contato com o Alcione e ele ficou encantado com a proposta. Queria entender quem era a louca que pretendia levar para o teatro um texto de mais de 700 páginas. A história se passa durante a ditadura militar brasileira. Mas, apesar do pano de fundo político, a questão central é o livre-arbítrio: se você mesmo não escolher o que faz da sua vida, vai acabar se dando mal.
Você atua, dirige e canta, pode ser vista no teatro, no cinema e na TV. Onde se sente mais à vontade? Gosto de tudo o que faço. Talvez, neste momento, o trabalho com a Cia. Omondé (que ela dirige) seja aquele em que estou me aprofundando mais.
Sua carreira de cantora, iniciada com um CD de sambas feitos para o teatro, vai ter continuidade? Eu não diria que tenho essa carreira, considero-me só uma atriz que canta. O disco foi pensado mais como um registro daqueles sambas maravilhosos e pouco conhecidos.