Crise na Uerj: supostas irregularidades viram alvo do MP e TCE
A administração dos lucros do estacionamento em dias de jogos no Maracanã também está sob investigação
Órgãos como o Ministério Público Estadual (MPRJ), o Tribunal de Contas (TCE) e a Controladoria-Geral (CGE) se manifestaram a respeito dos gastos questionados da Uerj, durante reunião da CPI da Transparência, da Assembleia Legislativa (Alerj), na terça (13).
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A comissão ouviu a professora Gulnar Azevedo, reitora da instituição de ensino, mas não obteve depoimentos da responsável pela prefeitura do campus Maracanã, Andrea Travassos Rocha, e do responsável pela segurança, Antônio Carlos Gomes Marinho. Os dois obtiveram Habeas Corpus impetrado pela Procuradoria da universidade, para ficarem em silêncio.
A Uerj tem sua crise aprofundada por protestos devido a cortes e reduções de bolsas. A promotora do MPRJ, Débora Vicente, destacou que a execução de supostos projetos de extensão através da descentralização de recursos na instituição pode mascarar eventual contratação irregular de pessoal. “Na minha promotoria tramitam inúmeros inquéritos do escândalo da folha secreta da Uerj. Estamos aqui para colher informações sobre os objetos de fato da CPI e fazer os encaminhamentos devidos. Os inquéritos revelam falhas graves de gestão na Uerj”, disse a promotora.
Além disso, o auditor do Estado, Cid do Carmo, destacou que, no exercício de 2022 das contas da Uerj, foi encontrada impropriedade contábil. Há ainda um relatório da controladoria, com recomendações de transparência, indicando 71 pontos críticos. Já o subsecretário de Contas e Gestão fiscal do TCE, Diego Ramos, explicou que, recentemente, a Uerj passou por uma auditoria financeira e que os apontamentos serão levados às contas de gestão anual. Além disso, trabalho de auditoria interna, realizado pela Corte, também apontou problemas.
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As suspeitas sobre a administração dos lucros do estacionamento da Uerj, em dias de jogos no Maracanã, também foram alvo dos debates. Segundo a CPI, o estacionamento arrecadou cerca de R$ 1 milhão, desde o começo do ano. A reitora e seus assessores se atrapalharam quando Amorim questionou qual era o atual procedimento para a gestão do estacionamento. O fato de servidores que trabalham em dias de jogos receberem uma remuneração por fora também foi assunto, entre as denúncias.