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É crime! Vendedores clandestinos anunciam macaco ‘de estimação’ na web

Prática de vender e comprar animais silvestres é somente permitida em locais previamente autorizados pelo Ibama

Por Redação
Atualizado em 5 mar 2024, 16h43 - Publicado em 5 mar 2024, 16h40
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Macacos: comércio ilegal movimenta alta quantia de dinheiro (Reprodução/TV Globo)
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Pequenos, fofos e alvo de vendedores clandestinos. Filhotes de macaco são anunciados ilegalmente na internet como bichos de estimação, incluindo espécies ameaçadas de extinção, por valores que chegam a R$ 4.000,00. Um negócio que gera lucro, mas configura um crime ambiental.

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Os vendedores, no entanto, parecem não ter medo de anunciar a prática. Em uma rede social, uma postagem mostra um vídeo com seis micos-de-cheiro acompanhado da legenda: “Vem com as notas.”. A publicação, feita em um grupo com mais de 800 membros, indica que os filhotes estão à venda.

A produção do programa RJ2, da TV Globo, entrou em contato com o vendedor clandestino, que garantiu conseguir quantos filhotes o cliente quisesse. Em áudio, o vendedor ainda explicou que os animais estão na promoção, sendo vendidos por R$ 4.000,00 em vez de R$ 4.500,00.

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Em seguida, manda um vídeo em que mostra um macaco prego, um mão-de-ouro e um mico. O primeiro aparece usando roupa e até uma fraldinha. O mão-de-ouro é chamado também de mico-de-cheiro. O vendedor também envia uma foto em que as três espécies aparecem juntas, além de dar dicas de como criar os macaquinhos.

“O que tu ensinar (sic) pra ele, entendeu? Como se fosse uma criancinha mesmo, entendeu? É conforme tu vai tratando o bicho, conforme tu vai cuidando, do jeito que tu cuidar dele, entendeu?”, disse o vendedor clandestino, que ainda prometeu revelar a localização dos animais somente após o pagamento.

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Lembrando que vender, comprar, exportar, transportar e manter animais silvestres em cativeiro é crime – e há quem compre os animais sem saber da ilegalidade. Mas o comércio é somente permitido em criadouros especializados, além de contemplar apenas algumas espécies. Traficantes de animais, no entanto, costumam falsificar a documentação para realizar as vendas.

Segundo o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), somente duas espécies de pequenos primatas podem ser comercializadas no brasil em pontos autorizados: o sagui e o macaco-prego.

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No caso do prego, o único criadouro permitido pelo Ibama fica no município de Xanxerê, no interior de Santa Catarina. Lá, os animais podem custar até R$ 60.000,00 e saem do local com microchip.

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