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Trabalho em equipe

Os empreendedores cariocas descobrem as vantagens de compartilhar o escritório com profissionais de outras empresas

Por Louise Peres
Atualizado em 5 dez 2016, 15h00 - Publicado em 27 fev 2013, 19h31

Pufes coloridos espalhados pelo corredor, jovens de bermuda e camiseta debruçados sobre laptops, gente conversando aqui e ali. Não, não se trata de nenhum albergue da Zona Sul. Esse é o escritório de uma turma de publicitários, jornalistas, fotógrafos e músicos que optaram por abandonar as salas convencionais para aderir ao chamado coworking. Funciona assim: cada um é dono de sua própria empresa, paga uma mensalidade para usufruir do espaço e dispõe de uma série de facilidades, tais como internet, luz, água, limpeza e outros serviços de manutenção, além de dar expediente em um ambiente com profissionais das mais variadas searas. “Dividindo o mesmo teto você compartilha informações e acaba virando cliente ou fornecedor do próprio vizinho”, afirma Pettersom Paiva, do site Voopter.com, que fixou seu endereço comercial no Templo, inaugurado em janeiro na Gávea. Ali trabalham cinquenta pessoas, como a designer Anna Victória Passarelli, com quem Paiva, durante um cafezinho na copa, firmou parceria para negociar os anúncios publicitários no portal que ele mantém na internet.

Compartilhar não apenas ideias e serviços, mas também os custos de manutenção, torna esses escritórios opção especialmente atraente para quem está começando seu próprio negócio, não quer trabalhar de casa e dispõe de pouco dinheiro para investir. No Templo, o valor da vaga nas áreas coletivas varia entre 480 e 690 reais mensais mais 90 reais da taxa de condomínio. Já os médicos, advogados e engenheiros, o público-alvo do We Company, no shopping Downtown, desembolsam 749 reais por um pacote de 100 horas mensais. Uma sala privativa no mesmo condomínio custaria cerca de 4?000 reais, sem contar os gastos de infraestrutura. “É a melhor alternativa para quem precisa de um ponto de trabalho em áreas valorizadas”, garante o empresário Guilherme Grunewald, sócio da empresa. De fato, os três espaços que abriram no Rio no último ano ? um na Gávea, outro no Centro e o terceiro na Barra ? já estão com a lotação no limite.

Bem mais econômico e aparentemente mais divertido que os escritórios convencionais, o coworking é uma opção que exige alguns cuidados. Aqueles acostumados a ambientes pouco movimentados reclamam da dificuldade em se concentrar diante do barulho produzido por colegas de diferentes áreas e estilos de trabalho. Tratar de assuntos sigilosos ao telefone é uma dificuldade a mais. Para atender clientes que querem interagir, mas nem tanto, existem salas particulares dentro desses espaços. A privacidade, é claro, aumenta o preço. Ainda assim, o valor é bem mais acessível do que os aluguéis exorbitantes hoje tão comuns na cidade. Só isso já tornaria o Rio um lugar promissor para o cowork­ing, fato reforçado ainda mais pela verdadeira devoção à descontração e ao bom papo que o carioca traz de berço.

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