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Covid-19: plano do Rio para reerguer o turismo inclui promoções agressivas

O segmento, que emprega mais de 100 000 pessoas no estado, foi um dos mais afetados pela pandemia causada pelo vírus

Por Carolina Barbosa Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 29 abr 2020, 17h28 - Publicado em 29 abr 2020, 17h22

Um dos segmentos mais afetados pela pandemia causada pelo novo coronavírus, o turismo pode ser uma saída para a retomada da economia fluminense. Responsável por 4,9% do PIB do estado e por um impacto econômico da ordem de R$ 27 bilhões, o setor, que emprega mais de 100 000 pessoas, tem sido alvo recorrente de discussões entre representantes do poder público, empresários e outros atores da área. A estratégia da guinada pós-isolamento social, traçada pelo governo do estado, inclui uma campanha de atração a turistas nacionais, que residam num raio de até 600 quilômetros (veja abaixo o vídeo veiculado nas redes sociais do órgão).

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“Depois do setor da saúde pública propriamente dito, o turismo é o campo mais afetado. A ausência da figura do turista, seja de lazer ou de negócios, afeta diretamente uma cadeia produtiva de 52 atividades. Logo, é uma situação muito séria. Por isso, estamos gastando energia em desenhar uma estratégia que parte do princípio de que, passada a quarentena, as pessoas vão querer pisar numa grama, ver uma cachoeira, ir à praia e, para isso, vão se movimentar de carro, pois estarão ávidas para respirar”, explica o secretário Otavio Leite. “Para nossa sorte, o Rio possui um ativo muito sólido, evidenciado nas múltiplas possibilidades turísticas que oferece. Estamos ouvindo todos os atores envolvidos no setor e arquitetando esse trabalho para que, tão logo a saúde pública nos permita atuar, possamos dizer que o Rio está de braços e portas abertas para receber a todos os brasileiros”, completa o secretário estadual.

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Nos planos dos representantes do setor estão ainda o investimento em propaganda para atrair os turistas, produzida pelo empresário Roberto Medina, idealizador do Rock in Rio, e uma campanha de promoções agressivas, concentrada em quinze dias, podendo ser prorrogada por um mês, para aumentar o interesse de pessoas residentes em outros estados e turbinar a receita dos hotéis, bares e restaurantes. Segundo a ABIH RJ (Associação Brasileira da Indústria de Hotéis), a ideia é conversar com distribuidoras de petróleo a fim de fazer um cinturão de postos de gasolina nas estradas que cruzam o estado, reduzindo não só o ICMS em torno da gasolina, como distribuindo promoções acerca de pontos turísticos, hotéis e estabelecimentos fluminenses.

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“Estamos conversando com hotéis, companhias aéreas, empresas de ônibus, supermercados, equipamentos turísticos da cidade, como AquaRio, Pão de Açúcar, Corcovado, para que possam conceder um desconto linear de 30% neste período, além de estarmos em contato com os shoppings, para que possam concentrar as promoções que costumam fazer ao longo do ano nesta época e também veicular em unidades de outros estados mídias eletrônicas capazes de atrair o interesse do turista. Em paralelo, sabemos que a margem de restaurantes e bares é apertada, então estamos tentando ver como eles podem colocar preços atraentes em um ou dois pratos, de repente “, conta Alfredo Lopes, presidente da ABIH RJ. “O importante é que a oferta seja expressiva. Observamos, a partir de lugares que já vêm retomando as atividades no exterior, que as pessoas querem sair de casa, ver cenas mais alegres, por isso, acreditamos que com isso o turismo nacional vá dar uma boa alavancada”, completa.

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O Rio de Janeiro é objeto de desejo de milhões de pessoas no Brasil e no mundo. Quando tudo isso acabar, as 92 “Cidades Maravilhosas” estarão te esperando para você ver e viver, novamente, as nossas praias, cachoeiras, montanhas e monumentos. Os nossos destinos serão o cenário perfeito para ser palco das nossas alegrias, abraços e sorrisos. Aperte o play e lembre-se: Rio de Janeiro o Seu Melhor Motivo. #TurismoRJ #FiqueEmCasa #NaoCanceleRemarque #RiodeJaneiroSeumelhorMotivo #SeturRJ

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Além desta campanha para incentivar o turismo doméstico, nos moldes de uma ação que a Europa fez no pós-guerra, com o mote “Viaje pelo seu próprio país”, um segundo passo é transformar o Rio em “capital dos negócios”, divulgando os espaços cariocas para convenções e eventos e preenchendo o calendário de 2021, uma vez que antes da pandemia o turismo de negócios representava 70% da ocupação hoteleira na cidade.

 

 

 

 

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