Atenção redobrada! Como funciona o golpe do falso corretor de imóveis
O golpista Roni Álvaro Bento Mathias se passou por corretor de uma empresa para receber o dinheiro da entrada da compra de um apartamento
A empregada doméstica Bruna das Neves sofreu um golpe de um homem chamado Roni Álvaro Bento Mathias, que teria se passado por corretor de imóveis para receber o dinheiro da entrada da compra de um apartamento em São Cristóvão. Ela contou que viu o anúncio do imóvel em uma rede social, fez o cadastro e chegou a ir até o estande da construtora para ter mais informações.
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“Fui atendida por um corretor interno. Ele me passou para o Roni. Ele tinha total acesso, marcava e a gente só entrava com documento, com biometria. As permissões eram todas para ele. Ele tinha todas as chaves dos apartamentos e, quando ele não tinha, os porteiros davam para ele. Ele mostrou a churrasqueira para mim. Ele mostrou e tem total acesso aos condomínios”, disse Bruna à TV Globo.
Bruna afirma que ela e o marido visitaram pelo menos três vezes o condomínio e viram vários apartamentos até fechar o negócio. No total, eles deram mais de R$ 11.000 de entrada para a casa própria. Ela disse que Roni passou a alegar que faltavam documentos para obter o financiamento.
“Ele falou que a Caixa Econômica Federal já tinha aprovado os R$ 230.000 e que eu precisava dar só R$ 8.000 de entrada”, contou Bruna. “Ele levou a gente no banco, pegou o documento do meu esposo, foi falar com o gerente, mas nada com a gente. Então, depois, ele voltou e falou que não íamos assinar o contrato porque estava faltando uma documentação”.
Nos últimos contatos feitos com o suposto corretor, ele dizia que o problema era o financiamento que estava sendo feito junto à Caixa Econômica Federal, porque o contrato havia sido feito de forma errada pelo banco. Foi quando ela percebeu que havia caído em um golpe e registrou um boletim de ocorrência na 17ª DP (São Cristóvão) pelo crime de estelionato.
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Bruna contou que a construtora afirmou que o homem era um consultor independente e que a empresa só tinha ficado sabendo do golpe depois que tudo aconteceu. Na polícia, a vítima descobriu que Roni já havia sido preso em 2020, por cobrar valores de pessoas assistidas pela Defensoria Pública para, supostamente, agilizar processos no órgão onde ele tinha sido estagiário. A Polícia Civil disse que o caso é investigado pela 17ª DP (São Cristóvão) e que o autor será ouvido na apuração do crime de estelionato.