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Colégios voltam a recomendar máscara após aumento de casos de Covid

No São Vicente de Paulo, retomada do item de proteção foi considerada 'essencial', a partir desta quinta (2), para 'mitigar a evolução dos casos'

Por Paula Autran
Atualizado em 3 jun 2022, 10h05 - Publicado em 2 jun 2022, 14h47

O aumento no número de casos de Covid-19 vem trazendo de volta uma rotina de turmas tendo aulas remotas por períodos determinados e máscaras nas escolas do Rio. O item de segurança – abolido pela maioria desde que a prefeitura decretou o fim de sua obrigatoriedade em locais fechados, no dia 7 de março – vem sendo recomendado por instituições como Escola Nova, Lycée Molière e Inovar Veiga de Almeida. O Colégio São Vicente de Paulo foi além, e reforçou, em comunicado aos pais e responsáveis pelos alunos, que a partir desta quinta (2) será “essencial a retomada de utilização correta de máscaras adequadas nas dependências da escola”. A decisão acontece para “mitigar a evolução dos casos de contaminação pela Covid-19”, segundo a coordenação do colégio.

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O prefeito Eduardo Paes recomendou, nesta quinta (2), que estudantes, assim como idosos e pessoas com comorbidades, voltem a usar máscara, mas destacou que “espera não ter que impor medidas restritivas” para toda a cidade. “Não vamos impor nenhum tipo de obrigação de usar máscaras. O momento é outro”, disse o prefeito. Hoje, 20% dos testes estão dando positivo para Covid — e praticamente todos os casos genotipados são da variante ômicron. Nesta quinta (2), 69 pessoas estão internadas com Covid — 28 delas em UTIs. A taxa de ocupação está em 97%, mas o secretário municipal de Saúde, Rodrigo Prado, afirmou que já pediu para ampliar o número de leitos. Os índices de vacinação de crianças acima de 5 anos e adolescentes contra a doença permanece abaixo das expectativas.  Cerca de 1,2 milhão de pessoas que já poderiam ter completado seu esquema vacinal contra a Covid-19 estão com alguma dose atrasada.

O comunicado da Escola Nova pondera, no dia 13 de maio: “Não temos a menor intenção de alarmar ninguém, somos otimistas e acreditamos que tudo pode estar de fato voltando ao normal”. Mas reconhece que “alguns casos de Covid voltaram a surgir na nossa comunidade” antes de concluir: “Não é lei, não é obrigatório, é só uma simples sugestão para o retorno das máscaras só nessa fase mais vulnerável. É uma decisão de cada família que será respeitada incondicionalmente. Cada um de vocês deverá seguir médicos e pediatras em que confiam”. O Lycée Molière, em Laranjeiras, também avisa, numa tradução livre do francês, que “como medida de precaução, tendo em vista o regresso da Covid à escola, recomendamos-lhe que, se desejar, dê a máscara ao seu filho durante o horário escolar, até que esta onda epidêmica tenha passado”. No Inovar Veiga de Almeida, na Barra, a direção também recomenda o uso de máscaras, deixando a critério dos pais a decisão de os filhos a utilizarem ou não. Após se reunir com seu Comitê Científico de Enfrentamento à Covid-19 e a da D’or Soluções – empresa da Rede D’Or especializada em gestão de saúde e segurança do trabalho – o Colégio Mopi também decidiu enviar comunicado aos responsáveis nesta sexta (3) recomendando o uso de máscaras para toda a comunidade escolar.

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Em entrevista ao Valor Econômico, o vice-presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia, Alexandre Naime, reitera: “Com o índice de positividade atual, seria importante que crianças estivessem usando máscaras pensando na coletividade. Uma criança dificilmente vai ter um quadro grave depois de vacinada, mas pode se infectar e acabar contaminando familiares, inclusive pessoas de grupos de risco”. O médico acredita que o retorno da obrigatoriedade de máscaras pode ser bem-vindo para ajudar a reduzir o número de contaminações, mas se mostra cético em relação às chances de que isso aconteça. “Seria importante, mas somos pouco otimistas porque é uma medida impopular. Estamos vendo claramente que governantes que tomaram medidas corretas do ponto de vista sanitário acabaram prejudicados eleitoralmente”, disse ele ao jornal.

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