Ciclistas alegam roubos e pedem mais policiamento na Floresta da Tijuca
Segundo relatos, dupla com idades entre 50 e 60 anos pratica assaltos na região; outro assaltante que age no local é reconhecido por ter perna amputada
Duas duplas de ladrões que atuam nas vias junto ao Parque Nacional da Tijuca, principalmente nas pistas e trilhas entre a Vista Chinesa e o Corcovado. preocupam integrantes da associação de ciclismo Trilha Transcarioca. Segundo relatos, uma delas é composta por dois homens com idades entre 50 e 60 anos, um deles branco, magro e com os cabelos grisalhos; o outro, negro de olhos claros. Na outra dupla, um dos assaltantes chama a atenção por ter uma das pernas amputada. Estes agem de moto. Nos últimos dois meses, ao menos 18 pessoas foram roubadas no que deveria ser um refúgio de paz e prática de esportes na mata. O número de casos pode ser maior, já que muitos não registram ocorrência na delegacia.
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Os assaltantes, segundo vítimas ouvidas pelo jornal O Globo, costumam agir entre 10h e 14h, de moto ou a pé, na maioria das vezes nos fins de semana e feriados, quando há bastante movimento, inclusive, de turistas. Embora o ataque a ciclistas seja frequente, as bicicletas, disse o coordenador de trilhas do parque, Carlos Alberto Pereira, não costumam ser alvo devido ao peso: “Não significa que não roubem as bicicletas, mas eles preferem abordar os ciclistas e roubar os pertences. Depois, detêm a pessoa para que ela não avise a ninguém e já pegam a próxima vítima. Aconteceu isso outro dia na pracinha próximo a uma trilha que cai no Morro do Laboriaux (que fica na parte mais alta da Rocinha). Cinco ciclistas foram roubados”.
“É impressionante porque todo mundo sabe quem rouba. A gente tem até apelido para eles, só a polícia que não consegue identificar. Nós não podemos privar o visitante do passeio dele, mas pedimos cuidado”, disse ao jornal Ricardo de Oliveira Matos, monitor ambiental do Parque Nacional da Tijuca. “Os assaltantes sabem que aqui é um ponto turístico, e as pessoas sempre estão com celular, relógios caros próprios para corrida e tênis de boas marcas”.
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Segundo o delegado da 19ª DP (Tijuca), Gabriel Ferrand, em novembro houve apenas três registros de ocorrência no Parque Nacional da Tijuca em todas as delegacias do Rio. A Polícia Militar informou que “o Comando de Polícia Ambiental (CPAm) emprega o seu efetivo em Regime Adicional de Serviço (RAS) nas principais trilhas do Rio de Janeir o desde 2018. Diariamente, os policiais estão presentes nas trilhas do Costão do Pão de Açúcar e Morro da Urca, Trilha do Camorim, Trilha da Floresta da Tijuca, Parque Lage, Corcovado, Paineiras e Estrada da Gávea”. Já o Parque Nacional da Tijuca informou que o local “é monitorado diariamente por 35 seguranças contratados para atuar no controle de acesso e na proteção do patrimônio material”.