Chefs consagradas apontam o prato que elas mais gostam
Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, pedimos para oito chefes elegerem o seu favorito na própria casa
Se antigamente os restaurantes eram comamdados por homens, enquanto as mulheres ficavam apenas na cozinha de casa, hoje a situação é outra. Cada vez mais mulheres assumem o status de chef e se tornam verdadeiras referências no assunto. Em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado neste domingo (8), pedimos para oito importantes e consagradas chefs do Rio escolherem o prato que mais gostam de comer no seu próprio restaurante. Confira as dicas e bom apetite!
+ Restaurant Week chega à 12ª edição carioca
- Roberta Ciasca – Miam Miam
“No cardápio atual do Miam Miam, meu prato predileto é o Ragu de lentilhas com sauté de cogumelos frescos, quiabos apimentados e gremolata de alho assado. É um prato vegetariano, com uma explosão de sabores que eu acho muito legal. Fiquei muito feliz de juntar esses ingredientes, pois adoro todos, e mais feliz ainda com o resultado final! Além disso, eu estou em um momento super ‘veggie’”.
- Paula Prandini – Stuzzi
“Nas minhas madrugadas de experiências para produzir o cardápio de abertura do Stuzzi, a primeira receita a alcançar o padrão que eu buscava para o gastrobar foi o carré de cordeiro, por isso ele se tornou o meu queridinho. A combinação da avelã e do alecrim é sensacional para o paladar e apesar da crosta que envolve o carré, consegui dar o ponto ideal à carne, bem rosada, pois preparo de uma forma especial, sem grelhar o alimento. As pessoas experimentam e ficam tentadas com a mistura de sabores nessa sugestão. Eu adoro esse prato!”
- Natalie Passos – Naturalie Bistrô
“O prato que mais gosto é a lasanha de abobrinha. O prato é preparado com meu molho de tomate preferido, que é uma receita da minha mãe, e com a ricota de cabra da Latteria Gialla, que é exclusiva do Naturalie Bistrô e produzida artesanalmente por um grande amigo meu, Filippo Leta. Foi uma maneira que eu encontrei de unir os dois ingredientes em uma sugestão leve.”
- Nanda de Lamare – Gula Gula
“A combinação de sabores e de texturas da salada de carne desfiada é perfeita. Mesmo funcionando como uma refeição completa, é super leve e boa para o clima do Rio. Tem tudo a ver com o carioca”, justifica. Nanda conta que essa receita foi criada muitos anos atrás e atpe hoje permanece um clássico do Gula Gula. “Quando ela foi criada, era feita com abacate, em vez de manga. O Pedro (de Lamare, sócio da casa) provou, sugeriu a troca do ingrediente, e o prato virou um hit”, lembra a chef.
- Lu Plass – Casa Vieira Souto
“Acho que a moqueca (baiana de peixe do dia) é o prato que é mais meu do coração, quando eu morava em Londres, era o que eu mais sentia saudades de comer, me lembrava calor, praia, sul da Bahia. Sempre que minha mãe me visitava, pedia para ela fazer para mim. De volta ao Brasil, resolvi criar a minha receita, por isso ela é tão diferente, usei base do meu molho de tomate e um pouco de curry thai”, conta a chef.
- Kátia Barbosa – Aconchego Carioca
“Tenho mania de nhoque, é a minha comida favorita do mundo. Fazia sempre quando a Bianca (a chef Bianca Barbosa, filha dela) era pequena e, como adoro, resolvi incluir o prato, com ingredientes bem brasileiros, como o nhoque de vatapá com molho de camarão, leite de coco e gengibre no Aconchego Carioca.”
- Conceição Neroni – Margutta
“A panelinha de vieiras é um prato interessante, simples e leve. A vieira é diferente de tudo, do mexilhão, do peixe A forma como a gente prepara é simples, só salsinha, manteiga, limão, porque o importante é sentir o sabor dela ao comer e não do tempero. Eu prezo muito o sabor do produto. Fiz ela há muitos anos em um festival com diversos pratos, e a receita que mais me agradou foi essa.”
- Luiza – Da Gema
“O prato que eu adoro é o Atoleiro Carioca porque eu amo peito de boi e hoje quase não se acha mais. O pesto de agrião faz o grande diferencial, é um prato com harmonia e com molho, que eu adoro. Criei a receita por saudosismo do peito de boi mesmo. Estava conversando com o Leandro (outro sócio) e comentamos que não se vê mais essa carne, por ser de segunda. Mas o fogo transforma tudo, desenvolvemos para o Comida di Buteco e ficou.”