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Charme e funk, ritmos 100% cariocas, viram objeto de estudo na cidade

Curso para instrutor de dança charme tem sua primeira edição no Viaduto de Madureira, enquanto o #EstudeoFunk tem nova fase de residência na Fundição

Por Kamille Viola
Atualizado em 22 fev 2024, 19h14 - Publicado em 22 fev 2024, 17h34
#estudeofunk
#EstudeOFunk: residência artística na Fundição Progresso promove aceleração de artistas do gênero musical, entre MCs, beatmakers e dançarinos (Berro.Inc/Divulgação)
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Qual a diferença entre o charme o funk?, perguntava um sucesso dos anos 90, o Rap da Diferença, de MC Markinhos e MC Dollores. De lá para cá, muito se aprendeu sobre os dois gêneros, mas agora mais uma semelhança une os dois movimentos: ambos são temas de cursos na cidade, buscando capacitar artistas e impulsionar suas carreiras.

Novidade, o Curso de Capacitação para Instrutor de Dança Charme é idealizado e dirigido por professor e coreógrafo Marcus Azevedo, responsável pelo projeto para regulamentação da profissão de artista dançarino de dança charme no Sindicato de Profissionais de Dança do Estado do Rio de Janeiro (SPDRJ), e criador da primeira companhia profissional do estilo do Brasil, a Dança Charme & Cia., assim como os Originais do Charme, com integrantes acima de 45 anos.

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O curso acontece em parceria com o projeto Rio Charme Social, no Viaduto de Madureira, com direção de DJ Michell e coordenação de Eduardo Gonçalves, que oferece oficinas gratuitas de dança charme. A primeira edição terá aulas nos dias 2 e 3 de março, sábado e domingo, das 13h às 17h30, ministradas por Marcus Azevedo.

O conteúdo do curso inclui métodos pedagógicos, ensino teórico, histórico e prático da dança charme, material de apoio, playlists de aulas temáticas e certificado de conclusão. Além disso, os participantes poderão estagiar no Rio Charme Social. As inscrições são por meio deste formulário.

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Já o #EstudeoFunk, projeto de aceleração de artistas do gênero que acontece na sede do hub criativo, na Fundição Progresso, já acontece há dois anos e inicia um novo ciclo agora em fevereiro. Desta vez, o programa vai realizar uma residência continuada, gratuita, com os que passaram pelos primeiros ciclos. 

Serão selecionados setenta integrantes, entre MCs, beatmakers e dançarinos que participaram dos ciclos I, II e III da primeira edição do projeto, realizada nos anos de 2022 e 2023. Até junho, eles terão uma rotina semanal de encontros, com o objetivo de aprofundar processos criativos.

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Batizada de Mete Marcha — Encontros, Conexões e Processos Avançados de Criação, a nova temporada também trará encontros com artistas convidados e irá apostar em novos lançamentos musicais, realizar shows de música e dança, eventos e produtos audiovisuais, além de ampliar o olhar para a acessibilidade, com a criação de clipes audiovisuais em Libras, entre outras ações de inclusão.

A residência irá lançar pelo Selo Fundisom, braço fonográfico da Fundição Progressotrinta faixas autorais inéditas, além videoclipes, mixtapes, videoperformances, visualizers, podcast, vídeos acessíveis e shows relativos a essas músicas e o Baile do #EstudeoFunk, com performances dos artistas do programa e convidados.

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Tendo como diretora artística Taísa Machado, a Chefona Mermo, criadora do Afrofunk Rio, #EstudeoFunk tem como objetivo valorizar a história, o movimento e a expressão da cultura funk carioca. O hub criativo tem estrutura com sala multiuso para aulas, criações, ensaios, gravações audiovisuais e eventos, espaço de coworking, sala de dança, estúdio de música e salas de edição musical e audiovisual.

Em seus dois primeiros anos, anos o projeto recebeu 150 artistas, que lançaram quatro álbuns, dois EPs, diversos singles e videoclipes, somando aproximadamente 500 000 visualizações no canal do programa no Youtube, e fizeram mais de vinte shows no Rio, alcançando mais de 50 000 pessoas nessas apresentações.

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