Boa ação: campanha converte doação de sangue em plantio de árvores no Rio
De terça (21) a 4 de outubro, as bolsas de sangue coletadas pelo Hemorio serão revertidas em mudas de árvores urbanas para regiões menos arborizadas
Dupla boa ação. Lançada pelo Hemorio em parceria com a Fundação Parques e Jardins, a campanha “Sangue é Vida” busca incentivar a doação de sangue, que recuou em mais de 20% no último ano, devido à queda do número de doadores em função da pandemia do novo coronavírus. Logo, entre terça (21) e 4 de outubro, a proposta será assim: o número total de bolsas de sangue coletadas será convertido em mudas de árvores urbanas, destinadas a novos plantios nas regiões menos arborizadas do Rio. Ou seja, em outras palavras, o número de mudas será contabilizado com base no total de doadores neste período.
+Pesquisa revela que Rio ganhou quase 100 favelas em duas décadas
Tais mudas serão plantadas nas áreas selecionadas pela Fundação Parques e Jardins. Atualmente, a cidade do Rio conta com um déficit de 1 milhão de árvores urbanas, principalmente nas zonas Norte e Oeste.
De acordo com o Hemorio, que abastece a rede hospitalar, de maternidade e de emergência por aqui, são necessárias ao menos 300 novas bolsas de sangue por dia para atender à demanda dos pacientes do estado. Impactadas por conta da pandemia, no último ano, a média diária de coletas caiu para 210.
+Meteorologia: nova frente fria chega ao Rio na terça (21)
Quem já teve Covid-19 pode doar sangue 30 dias após a recuperação da doença. No caso das vacinas, também é permitido doar. Quem tiver sido imunizado com a Coronavac está liberado para doar sangue 48h depois da aplicação. No caso dos demais imunizantes, o prazo é de uma semana.
Vale ressaltar que a coleta é um processo muito seguro. Todo o material utilizado é estéril, descartável e de uso individual. Na doação habitual, são coletados até 450 ml de sangue.
Para doar, é preciso ter entre 16 e 69 anos, pesar no mínimo 50 kg, estar bem de saúde e portar um documento de identidade oficial com foto. Jovens com 16 e 17 anos só podem doar sangue com autorização dos pais ou responsáveis legais e devem portar ainda um documento de identidade do responsável.
No ato da coleta, não é necessário estar em jejum, apenas evitar alimentos gordurosos nas quatro horas que antecedem a doação e não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes. Os voluntários não podem ter tido hepatite após os 10 anos, nem estar expostas a doenças transmissíveis pelo sangue (sífilis, AIDS, hepatite e doenças de chagas). Mulheres grávidas ou amamentando e usuários de drogas não podem doar sangue.
A coleta será feita na Rua Frei Caneca, 8, Centro, das 7h às 18h.
+Para receber VEJA RIO em casa, clique aqui