Bullying em escola da Barra: “Tinha que ser gorda, lésbica e bolsista”
Mãe e madrasta da jovem foram à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi) para registrar o caso
Uma estudante de uma escola na Barra da Tijuca, na Zona Oeste, foi vítima de ataques gordofóbicos, racistas e homofóbicos feitos por colegas de sua turma. “Tinha que ser gorda, lésbica, despeitada e desbundada, sem amigos, pobre e bolsista”, dizia uma das mensagens que se referia à vítima. Termos depreciativos usados para fazer bullying foram compilados em um vídeo publicado no TikTok em agosto.
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Bolsista no colégio por ser filha de uma ex-funcionária, a jovem mora com a madrasta e a mãe, que relata já ter vivido também ataques de teor homofóbico durante sua época de estudante.
“É muito doloroso, me vejo tendo que revisitar dores do passado. Passei por isso durante toda a adolescência, sempre estudei em escola particular e ataques desse tipo eram constantes. Mas agora viver isso em família… Ter que ver uma filha passar pelas mesmas dores e muito pior, parece que machuca em dobro”, disse a mãe ao jornal Extra.
Para não deixar os ataques passarem impunes, as mães da adolescente foram até a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), nesta quarta (28), para dar queixa sobre o caso.
Segundo a mãe da jovem, mesmo após a escola ter realizado ações para combater o bullying, a jovem tem sofrido com problemas de autoconfiança e passou a receber acolhimento psicológico custeado pela família de duas a três vezes por semana.