Bolsonaro vai entrar com processo contra Jean Wyllys após cusparada

Jean Wyllys (PSOL-RJ) admite que cuspiu no rosto do colega do PSC-RJ após ter sido xingado durante a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff

Por Redação VEJA RIO
Atualizado em 5 dez 2016, 11h22 - Publicado em 18 abr 2016, 14h28
Jean Wyllys e Jair Bolsonaro: incidente no Congresso renderá processo no Conselho de Ética
Jean Wyllys e Jair Bolsonaro: incidente no Congresso renderá processo no Conselho de Ética (Divulgação/)
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Após cuspir no rosto do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) durante a votação do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff na noite deste domingo (17), o deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ) disse, nas redes sociais, que Bolsonaro o ofendeu com insultos homofóbicos e tentou segurar seu braço. Fato que Bolsonaro nega, e que colocará sob julgamento do Conselho de Ética da Câmara, onde entrará com um processo contra Wyllys. O político do PSC-RJ também foi alvo de polêmica quando, ao revelar seu voto “sim” a favor do impeachment, defendeu em discurso o coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, militar apontado como responsável por perseguições e torturas na época da ditadura.

Em vídeo divulgado no domingo (17), Bolsonaro fala sobre o incidente com Wyllys:

 

Já Wyllys fez um desabafo no Facebook:

“SOBRE O CUSPE AO FASCISTA

Depois de anunciar o meu voto NÃO ao golpe de estado de Cunha, Temer e a oposição de direita, o deputado fascista viúva da ditadura me insultou, gritando “veado”, “queima-rosca”, “boiola” e outras ofensas homofóbicas e tentou agarrar meu braço violentamente na saída. Eu reagi cuspindo no fascista. Não vou negar e nem me envergonhar disso. É o mínimo que merece um deputado que “dedica” seu voto a favor do golpe ao torturador Carlos Alberto Brilhante Ustra, ex-chefe do DOI-CODI do II Exército durante a ditadura militar. Não vou me calar e nem vou permitir que esse canalha fascista, machista, homofóbico e golpista me agrida ou me ameace. Ele cospe diariamente nos direitos de lésbicas, gays, bissexuais e transexuais. Ele cospe diariamente na democracia. Ele usa a violência física contra seus colegas na Câmara, chamou uma deputada de vagabunda e ameaçou com estuprá-la. Ele cospe o tempo todo nos direitos humanos, na liberdade e na dignidade de milhões de pessoas. Eu não saí do armário para o orgulho para ficar queto ou com medo desse canalha. ‪#‎FascistasNãoPassarão ‪#‎NãoVaiTerGolpe”.

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