Boletim da seca: 15 cidades do Rio sofrem com estiagem, aponta Inea
Ao todo, 29 municípios apresentam seca classificada como moderada, principalmente nas regiões Noroeste e Norte do estado
O Rio de Janeiro apresenta situação de seca fraca a moderada em boa parte de seu território, o que pode, de acordo com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), causar impactos de curto prazo. No primeiro Boletim Mensal de Segurança Hídrica no estado do Rio, divulgado pelo órgão nesta segunda (23), apenas a região litorânea entre parte de Mangaratiba, na Costa Verde, e parte de Rio das Ostras, na Região dos Lagos — exceto Duque de Caxias, Guapimirim e Magé, na Baixada Fluminense — estão na área considerada “sem seca relativa”.
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A área em “seca moderada” engloba os municípios de Quatis, Resende e Itatiaia, no Sul fluminense, além de todo o Norte e Noroeste e algumas cidades da região Serrana como Carmo, Cantagalo, São Sebastião do Alto e Santa Maria Madalena. No restante do estado, a situação é de “seca fraca”. O estudo identifica ainda nove cidades onde o abastecimento de água tem enfrentado problemas por conta da estiagem.
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Entre as cidades impactadas estão: Angra dos Reis, Guapimirim, Teresópolis, Niterói, Rio de Janeiro (Paquetá), Macaé, São Gonçalo, Itaguaí, Carmo, Petrópolis, Maricá (Inoã), Mangaratiba e Itaboraí. Partes de Rio das Ostras e São João da Barra também são afetadas. Nesta primeira edição, o boletim traz uma comparação entre os dados de agosto deste ano com o mesmo período do ano, mostrando que o nível do reservatório de Lajes, por exemplo — que recebe águas dos rios Piraí, Pires, da Prata e Machado e integra a Bacia do Rio Guandu — caiu de 91,67% para 88,88%. O reservatório de Juturnaíba — localizado entre Silva Jardim e Araruama, que recebe águas dos rios São João, Capivari e Bacaxá — também apresentou pequena variação negativa de 86,87% para 86,36%. Já o reservatório do Funil — em Resende, cujas águas integram o sistema do Paraíba do Sul e contribuem para o abastecimento do Rio — registrou um leve aumento, de 67,93% para 70,75%. O Inea considera que todos os reservatórios “se mantém dentro da normalidade”. “O boletim nos dá uma visão clara e atualizada sobre o comportamento dos nossos reservatórios e nos permite planejar as ações necessárias para garantir o abastecimento de água de forma equilibrada e eficiente”, disse ao jornal O Globo o secretário estadual de Ambiente e Sustentabilidade, Bernardo Rossi.