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Após temporal, blocos não oficiais desfilam e enfrentam fúria nas redes

Cortejos foram acusados de elitismo e segregacionismo por manter programação um dia após chuva que matou quatro na cidade e doze no estado

Por Redação VEJA RIO Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
15 jan 2024, 17h10

A decisão dos blocos de Carnaval não oficiais de manter seus desfiles neste domingo (14) após o temporal que deixou quatro mortos na cidade e doze no estado causou revolta e polêmica nas redes. Muitos acusaram os cortejos — em sua maioria, do Centro e Zona Sul — de serem segregacionaistas e elitistas.

“Sete mortos devido ao temporal da noite de ontem no Rio de Janeiro. Só que na Zona Sul está tendo Carnaval. Jardins do MAM está lotado (sic) de pessoas fantasiadas. Nome desse fenômeno é Racismo Ambiental. Empatia só existe entre os similares”, escreveu no X (antigo Twitter) a usuária @ju_franco_.

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“A cidade se desmanchando e os playboys curtindo bloco: o Rio de Janeiro é!”, publicou o antropólogo Orlando Calheiros. “A cidade em estado de Alerta, com o prefeito pedindo para as pessoas ficarem em casa, mas a organização dos blocos e o público não estão nem aí. Vão aglomerar mesmo, botar mais lixo na rua, etc.”, criticou.

“Já comprei muita briga nesta rede social por apontar o caráter elitista e segregacionista de alguns dos principais blocos de rua do carnaval carioca. O que está acontecendo na cidade hoje ajuda a ilustrar o argumento, para eles a cidade é o Centro e a Zona Sul”, escreveu na mesma rede o antropólogo e pesquisador do Carnaval Mauro Cordeiro.

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“Engraçado que você vai na página dos blocos que tão na rua e a brancaiada classe média comentando ‘ué mas o que a gente pode fazer?’. Enquanto isso, a comunidade”, postou @bdebarbara, compartilhando a publicação de um homem que se comprometeu a consertar de graça eletrodomésticos estragados pela chuva.

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“Essa PORRA de bloco de Carnaval no Centro e Zona Sul com jovem brincante, as bruxa, as vegana, os poliamor, os sociólogo que toca flauta, festejando a própria idiotice enquanto do outro lado da mesma cidade pessoas se agarram a um sofá, um SOFÁ, pra não morrerem afogadas na correnteza de um rio criado pela chuva em Nova Iguaçu”, publicou no Instagram o escritor Anderson França. “Foram 46 os bairros gravemente afetados. E na MESMA HORA, NA MESMA CIDADE, bloco de Carnaval”.

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Houve também quem saísse em defesa dos blocos, lembrando que o Carnaval foi historicamente perseguido no Brasil, como a jornalista Renata Rodrigues, fundadora do bloco Mulheres Rodadas. “Ontem foi dia de suposto intelectual que nunca estudou Carnaval na vida surgir de Lisboa e dar sua cateirada de suburbano para ganhar uns likes ao passar o dia culpando os blocos de Carnaval pelos infortúnios do povo carioca”, escreveu ela, referindo-se a França. Teve todo tipo de xingamento e de ódio de classe mais exposto, mais aparecido que os jacarés das ruas alagadas.”

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O produtor cultural e “puxador” de diversos blocos, Julio Barroso, o Julinho da Glória, também saiu em defesa dos cortejos. “Gente, os grandes culpados por essas tragédias são os governantes. Vamos para de criar fogo amigo?”, argumentou ele em seu Instagram.

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