Barracas de praia ainda não se adequaram às novas regras na orla

A menos de uma semana de entrar em vigor, decreto que prevê mudanças no funcionamento de quiosques e barracas divide opiniões nas areias

Por Da Redação
Atualizado em 26 Maio 2025, 12h11 - Publicado em 26 Maio 2025, 11h58
Novas regras: decreto prevê 16 mudanças de conduta de quiosques e barracas de praia
Novas regras: decreto prevê 16 mudanças de conduta de quiosques e barracas de praia (./Divulgação)
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Falta menos de uma semana para entrar em vigor o decreto que prevê uma mudança significativa na dinâmica de funcionamento das barracas de praias e no uso de seu espaço, nas areias e no calçadão do Rio de Janeiro. Uma série de novas regras como a obrigatoriedade do uso de sinalização para identificar o número da barraca, o veto à comercialização de garrafas de vidro, a proibição de cercadinhos com cadeiras em áreas públicas, entre outras medidas, passam a valer a partir do próximo domingo (1º). O anúncio movimentou a orla carioca na última semana e, principalmente, as redes sociais. Apesar do burburinho, nada mudou até o momento. 

A reorganização das praias dividiu opiniões entre banhistas, barraqueiros e operadores de quiosques que aproveitaram o domingo (25) de céu azul nas praias. Entre as 16 novas condutas, está a proibição do uso de bandeiras pelas barracas – o que é tido como tradição de muitas barracas que usam o recurso para facilitar a identificação. Em entrevista ao Jornal O Globo, Marcelo Falheiro, um dos donos da Barraca do Uruguai, no Posto 9, em Ipanema, manteve o ícone hasteado. “Ela está aqui há 40 anos. Às vezes a pessoa para ali na (Rua) Joana Angélica, olha e fala: ‘Ah, o Uruguay está aí, vou lá’. É uma referência”, defendeu o trabalhador, que é um dos donos do negócio criado em 1982 pelos seus pais.

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Um dos assuntos mais repercutidos nas redes sociais – que gerou a mobilização de empresários de quiosques e a classe artística – foi a proibição de música ao vivo na orla. Gerente geral do Quiosque Nativoo, em Copacabana, também ouvido pela reportagem de O Globo, Berg Melo desaprovou a medida. “O turista não vem para ficar num bar assistindo à TV. Ele quer uma coisa mais divertida. Com a música, ele fica até mais tempo no ambiente”,  afirmou Melo, que costuma realizar duas apresentações musicais por dia nos finais de semana. O funcionário argumentou ainda que a medida vai desempregar diversos músicos. 

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O cenário geral é de discórdia, mas tem as suas concordâncias. Um dos consensos entre vendedores e frequentadores da orla é a regulamentação do comércio ambulante. Outro: a urgência da criação de regras para a circulação de bicicletas elétricas e patinetes na ciclovia. “Em Copacabana, sempre presencio  acidentes de bicicleta elétrica e patinetes”, reclama o morador Cléber Souza, 76 anos, a favor da proibição desse tipo de veículo no calçadão.

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