Baleia faz aparições próximas da orla da Barra e de Niterói
Espécie presente na costa fluminense, a baleia-de-bryde, animal que pode chegar a 16 toneladas, faz sucesso em aparições mais próximas da orla, ao alcance das câmeras
No primeiro dia de fevereiro, segunda-feira passada, ela deu pinta em Niterói, nas praias de Itaipu e Itacoatiara. Antes, já havia saracoteado pela entrada da Baía de Guanabara e pela Barra da Tijuca. A baleia-de-bryde pode chegar a 15 metros de comprimento e 16 toneladas de formosura. No mar, ao alcance das câmeras, chama atenção como uma musa da Sapucaí. Ofusca, com seu esplendor, as aparições de pinguins, lobos-marinhos e orcas, mais comuns no inverno. É a única entre os grandes cetáceos a não empreender longas migrações. Prefere águas de zonas tropicais, como as da costa brasileira — variações da espécie povoam regiões com as mesmas condições nos oceanos Índico e Pacífico. Nossas vizinhas, a exemplo daquela avistada em Niterói, têm seus hábitos estudados por instituições como o Laboratório de Bioacústica e Ecologia de Cetáceos (LBEC), ligado à Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, e o Laboratório de Mamíferos Aquáticos e Bioindicadores (Maqua), do Departamento de Oceanografia da Uerj. A pesquisa de campo costuma ser feita nas regiões de Arraial do Cabo e Cabo Frio. Informações sobre a baleia-de-bryde, no entanto, ainda são escassas. Sabe-se que o bicho prefere sardinhas ao krill, ingrediente favorito de parentes próximos, como a baleia-azul. Uma “bryde” adulta pode engolir cerca de 600 quilos em cardumes diários. Comprovou-se, também, que o barulho e a poluição provocados pelo homem são particularmente nocivos à espécie. Quem apreciou a visita, portanto, já conhece pelo menos dois problemas a ser evitados para garantir a sua volta.