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O arsenal de guerra de Nem

Desde o início da ocupação da Rocinha, no último domingo (13), foram apreendidas 129 armas. Prejuízo para o facção criminosa alcança os 2 milhões de reais.

Por Ernesto Neves
Atualizado em 5 dez 2016, 15h55 - Publicado em 16 nov 2011, 11h50

Desde o início da ocupação da Rocinha para a instalação de uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP), já foram apreendidas 129 armas na maior comunidade da Zona Sul. Chefiada pela quadrilha do traficante Nem, preso dois dias antes da ocupação, a favela escondia armamento pesado. Entre o arsenal disponível para os bandidos está uma metralhadora ponto 30, capaz de derrubar um helicóptero. No total, 500 homens do Bope, policiais civis e do Batalhão de Choque, acompanhados por cães farejadores, são responsáveis pela varredura dos 860 mil metros quadrados da maior comunidade carente carioca. Também foram fundamentais as ligações de moradores para o Disque-Denúncia. Desde o início da operação, foram registradas 600 ligações sobre esconderijos.

As apreensões demostram ainda como a comunidade de 120 mil habitantes se tornou um império do crime: foram achadas 150 motos roubadas ou irregulares e 350 quilos de droga. Foram desmontadas três centrais de TV a cabo clandestinas e 20 mil CDs e DVDs piratas, 51 cartões de crédito e 100 cartões para serem usados em clonagens. Estima-se que a quadrilha tenha sofrido um prejuízo avaliado em 2 milhões de reais até o momento. Apuração realizada por VEJA Rio mostra que a organização criminosa comandada por Nem chegava a movimentar 10 milhões de reais por semana em atividades ilegais, que iam do tráfico de drogas À cobrança de taxas sobre o transporte alternativo. Listamos abaixo tudo que já encontrado na favela.

Listamos abaixo o que já encontrado na favela

– 129 armas de fogo, sendo que 73 são fuzis e 38, pistolas. No mercado negro, cada fuzil é vendido por preços que podem chegar a 30 000 reais. A nacionalidade múltipla do armamento mostra como a segurança é frágil nas fronteiras. Há artefatos contrabandeados da Bélgica, da Alemanha, da Rússia e da China.

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– 23 000 munições dos mais diferentes calibres.Para efeito de comparação, o Batalhão do Leblon tem em seu estoque 5 000 munições para fuzil. Também foram achados 524 carregadores.

– 62 máquinas caça níqueis. O custo de montagem de um aparelho como esse é estimado em R$ 1 500 por unidade.

– 16 coletes à prova de bala. O custo médio para cada um é de 1 500 reais

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– 47 rádio-transmissores, usados na vigília e controle de todos os acessos e principais vias.

– um laboratório de refino de cocaína, com 90 litros de ácido sulfúrico, 50 litros de éter e 30 quilos de pó branco não identificado

– 20 mil CDs e Dvds piratas. Se cada um fosse vendido a R$ 5,00, seriam mais R$ 100 000 nos cofres de Nem.

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– 350 quilos de drogas, que incluem cocaína, maconha e crack. Com isso, prejuízo para a facção criminosa chega aos 2 milhões de reais

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