Abastecimento de água pode demorar três dias para ser regularizado no Rio
Após interrompimento por causa de espuma misteriosa, Estação do Guandu voltou a operar com 100% da capacidade na noite de segunda (28), segundo Cedae
Já está funcionando a todo vapor a Estação de Tratamento de Água (ETA) do Guandu, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo a Cedae, a ETA voltou a operar com 100% da capacidade às 4h17 desta terça (29). O funcionamento da unidade havia sido interrompido no início da manhã desta segunda (28), após a constatação da presença de uma espuma branca misteriosa. Técnicos da companhia identificaram que ela foi gerada por de surfactantes (composto presente nos detergentes) despejados irregularmente no Rio Guandu. O abastecimento pode levar até 72 horas para ser normalizado completamente nas regiões atendidas pelo sistema.
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A Cedae informou que a água com surfactante não foi, em momento algum, distribuída para a população. Assim que foi constatada a presença do composto, a captação foi interrompida, e a água que já estava no interior da estação foi descartada. De acordo com a companhia, o material poluente foi detectado a cerca de três quilômetros de distância da estação de tratamento, na barragem principal de captação. O Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) investigam a origem do descarte do material. A empresa que fez o descarte irregular da substância ainda não foi identificada, mas a DPMA já sabe que ela fica no polo industrial de Queimados, na Baixada. Seria uma fábrica de detergentes.
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A Cedae fornece a água que chega a aos municípios do Rio de Janeiro, de Duque de Caxias, de São João de Meriti, de Nova Iguaçu, de Mesquita, de Nilópolis, de Belford Roxo e de Queimados. O abastecimento ficou suspenso por 13 horas para 11 milhões de pessoas. Na cidade do Rio, o abastecimento chegou a ser interrompido em 21 bairros.