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“Pó branco” encontrado em calçadas era mesmo farinha, conclui polícia

Boa notícia para os tutores de cães da Zona Sul, preocupados com a possibilidade de ser veneno espalhado por ruas de bairros como Botafogo e Urca

Por Paula Autran
Atualizado em 25 ago 2023, 13h19 - Publicado em 25 ago 2023, 09h34

Os tutores de cães já podem respirar aliviados: é mesmo farinha de trigo o pó branco encontrado em calçadas de bairros da Zona Sul no início do mês, e que estava sendo apontado como um veneno responsável pela morte de animais domésticos – embora não houvesse nenhum caso registrado. A conclusão foi possível graças a exame pericial feito com as amostras recolhidas em bairros como Botafogo e Urca. “Isso bate com o depoimento da testemunha que disse que fazia as colocações na rua para marcar caminho de um grupo de trilha”, disse o delegado Wellington Vieira, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), que encerrou o caso.

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Na última terça (22), o delegado ouviu o depoimento de um inglês que reside no Brasil e se apresentou espontaneamente para confirmar ser ele quem foi flagrado por câmeras de segurança enquanto caminhava com a mulher, que está fora do Brasil, deixando marcas do pó pelas calçadas de Botafogo e da Urca. Representante do Hash House Harriers (HHH) – um grupo com 70 mil membros ativos cadastrados, presente em 140 países, cujos participantes se reúnem regularmente para atividades atléticas (caminhada ou corrida), seguidas de sessões de bebida, especialmente de cerveja -, ele explicou que usava a farinha para marcar o trajeto de um evento promovido no dia 5 de agosto pelo RioHHH. Este é o modus operandi do grupo de caminhada urbana, conhecido internacionalmente por deixar rastros de farinha ou de pó de giz para orientar o caminho seguido pelos participantes. Naquele dia, eles iniciaram a atividade em Copacabana e terminaram na Urca, passando por Botafogo.

Beabá: confira algumas das marcas feitas com farinha pelos integrantes do RioHHH para marcar percursos.
Beabá: confira algumas das marcas feitas com farinha pelos integrantes do RioHHH para marcar percursos. (Internet/Reprodução)

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O caso começou a ser investigado depois que viralizaram nas redes sociais denúncias de que um casal até então não identificado estaria jogando o tal pó branco pelas calçadas de bairros como Botafogo e Urca. As postagens, que incluiam vídeos de câmeras de segurança mostrando um homem e uma mulher com roupas esportivas interrompendo uma caminhada para depositar algo não identificado nas bordas de canteiros, davam conta de que se trataria de um veneno que teria matado pelo menos um cão. Acionada, a Secretaria municipal de Proteção e Defesa dos Animais contactou a DPMA, já que colocar veneno na rua é crime ambiental. Os policiais colheram amostras do pó, que foram enviadas para a perícia. O resultado do exame e os depoimentos do inglês e de outro integrante do RioHHH ajudaram a esclarecer o caso.

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