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A nova fase do Bike Rio

Programa de aluguel de bicicletas ganhará mais 200 estações no Centro e em bairros das zonas Norte e Oeste

Por Thaís Meinicke
Atualizado em 5 jun 2017, 13h58 - Publicado em 13 jun 2013, 19h44
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Inaugurado há cinco anos, o sistema de aluguel de bicicletas da Prefeitura entrou de vez na rotina dos cariocas. Com 60 estações e 600 bicicletas disponíveis, hoje as laranjinhas já fazem parte da paisagem da Zona Sul da cidade e podem ser consideradas um sucesso entre moradores e turistas. Em setembro deste ano, o projeto ganhará novo fôlego. Com o vencimento da concessão atual, um novo edital será lançado, com tópicos que incluem planos de ampliação para além da rota turística da Zona Sul. Para a nova fase, está prevista a implantação de mais 200 estações e 2 000 bicicletas, em bairros como Centro, Barra da Tijuca, Maracanã e Tijuca, além de pontos de aluguel nos chamados Núcleos Olímpicos, que incluem ainda o estádio do Engenhão e a Zona Portuária. “Esse novo contrato tem um risco maior, pois vai ampliar o sistema para outras áreas da cidade que têm menos foco no uso das bicicletas por lazer, mas como a resposta dos usuários nesse período foi satisfatória, a Prefeitura aposta nesta ampliação”, explica o secretário da Casa Civil Pedro Paulo.

Para chegar ao sucesso atual, no entanto, o sistema teve que passar por reformulações para se moldar ao gosto dos cariocas. Lançado em 2009 com outro nome e identidade visual (o programa se chamava Pedala Rio e as bicicletas eram azuis), o sistema de aluguel teve um início tímido e sofreu com problemas de operação e casos constantes de furtos. Apenas em novembro de 2011, com a chegada do Itaú como patrocinador, o serviço ganhou cara nova e uma estratégia de marketing que, entre outras coisas, rebatizou o sistema como Bike Rio. “Hoje administramos o serviço de aluguel de bicicletas em seis cidades e o Rio é a que tem a maior taxa de uso por pessoa. São mais de 180 mil usuários cadastrados e uma média de dez mil viagens por dia”, afirma Angelo Leite, presidente da concessionária Serttel. Entre as ações, o lançamento do aplicativo para smartphones, que permite identificar a estação mais próxima e alugar uma bike a um simples toque, foi essencial neste processo. “O app mudou a vida do projeto. Hoje, mais de 70% dos usuários alugam as bicicletas através dele, é como se o ciclista levasse a estação junto com ele para onde vai”, constata Leite.

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Para os moradores da Zona Sul, onde está instalada a maioria das estações, o serviço atua como uma opção para suprir a deficiência dos transportes públicos da cidade. “Utilizo o Bike Rio para percorrer distâncias entre bairros próximos em menos tempo. A maior vantagem é quando o trânsito está engarrafado, ainda mais agora com as obras do metrô no Leblon”, afirma o estudante de engenharia Felipe Mello, que mora na Lagoa e costuma usar as laranjinhas para ir a bairros como Ipanema ou Gávea. Apesar da satisfação dos cariocas, há pontos que precisam de ajustes para que o sistema possa ser considerado ideal. Ainda é comum encontrar bicicletas com avarias, como pneu furado ou pedal quebrado, estações vazias ou com a rede fora do ar para o aluguel. “Sempre tenho problemas para encontrar bicicletas disponíveis no final de semana. Às vezes, preciso percorrer três estações até conseguir alugar uma”, descreve a publicitária Gabriela Zampirolli, que mora em Copacabana e costuma procurar as bikes na Rua Siqueira Campos. A Serttel afirma que a manutenção é feita constantemente através de uma central de monitoramento e com uma ronda diária nas estações. “Como todo sistema, há algumas falhas ou problemas na comunicação, mas são coisas que vão se resolvendo naturalmente, junto com a evolução das tecnologias de acesso”, explica Leite.

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Com valor de outorga de R$ 13 milhões, o novo contrato será válido por cinco anos e a empresa vencedora da licitação terá um ano para a instalação dos novos equipamentos, chegando a um total de 2 600 bicicletas em diferentes bairros da cidade. A Secretaria Municipal do Meio Ambiente sugeriu 346 pontos, dos quais 200 serão escolhidos para a instalação das novas estações, com prioridade para os chamados Núcleos Olímpicos (veja o mapa abaixo). Com a prova de que o Bike Rio é um negócio rentável tanto para os usuários – que ganham mais uma opção de transporte na cidade -, quanto para Prefeitura, concessionária e patrocinador, o potencial para que o projeto cresça ainda mais e seja usado não só para o lazer, mas também para a locomoção no dia-a-dia, pode fazer do Rio uma cidade cada vez mais sustentável e integrada, com a convivência respeitosa entre os diferentes meios de transporte.

Clique no mapa para ampliar.

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