Estudo mostra como muda o gosto do consumidor de vinho ao longo do tempo
A Sonoma State University acaba de liberar um estudo cujo objetivo é mostrar se e como mudam as preferencias dos consumidores de vinho ao longo do tempo.
Por Marcelo Copello
O Instituto de negócios do vinho da Sonoma State University (Estados Unidos-Califórnia) acaba de liberar os resultados de uma pesquisa feita em março-abril deste ano. O objetivo era mostrar se e como mudam as preferencias dos consumidores de vinho ao longo do tempo. Para tal 422 pessoas foram entrevistadas, com três perguntas simples.
Primeira pergunta
Suas preferencias em termos de vinho mudaram desde que você começou consumir vinho?
Segunda pergunta
1-Das opções abaixo que tipo de vinho era sua preferência quando você COMEÇOU a beber vinho?
A-Vinhos BRANCOS meio-doces ou doces
B-Vinhos BRANCOS secos
C-Vinhos ROSADOS meio-doces ou doces
D-Vinhos ROSADOS secos
E-Vinhos TINTOS meio-doces ou doces
F-Vinhos TINTOS secos
Terceira pergunta
1-Das opções abaixo (as mesmas da pergunta anterior) que tipo de vinho é sua preferência HOJE em dia?
RESULTADO
A primeira pergunta teve o seguinte placar: SIM 69% x 31% NÃO
O resultado confirma que o paladar muda muito ao longo do tempo. Não foi achada nenhum diferença importante nas repostas se separadas por gênero ou idade, ou seja, homens e mulheres de todas as idades seguem um processo semelhante. Dentre os 31% que não mudou de gosto, havia uma grande presença dos que preferiam e ainda preferem brancos meio-doces e doces.
Para as perguntas 2 e 3 o placar foi o seguinte
A-Vinhos BRANCOS meio-doces ou doces – ANTES 32% x 11% HOJE
B-Vinhos BRANCOS secos – ANTES 12% x 16% HOJE
C-Vinhos ROSADOS meio-doces ou doces – ANTES 22% x 8% HOJE
D-Vinhos ROSADOS secos – ANTES 5% x 4% HOJE
E-Vinhos TINTOS meio-doces ou doces – ANTES 14% x 24% HOJE
F-Vinhos TINTOS secos – ANTES 14% x 37% HOJE
O resultado acima mostra claramente que a tendência é começar com vinhos mais doces e evoluir para os mais secos, em especial os tintos e brancos.
A categoria predileta para se iniciar é “A” dos brancos meio-doces ou doces, e a categoria para onde há a maior migração com tempo é a “B”, dos tintos secos.
A maior surpresa veio da categoria “E”, dos tintos meio-doces ou doces, que mostrou crescimento ao longo do tempo. O estudo conclui que este número pode se dever a crescente produção de tintos meio-doces no mercado norte-americano, onde foi feita a pesquisa
Eu acrescentaria que a pesquisa se aplica ao consumidor em geral, mas que entre profissionais ou consumidores com muita “litragem” a tendência é a preferência por uma categoria à parte, a de vinhos autênticos, que tragam algo de especial dentro de sua categoria, independente de cor ou teor de doçura, sem preconceito. É o meu caso.