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Espetáculos, personagens, bastidores e tudo mais sobre o que acontece na cena teatral carioca, pelo olhar do crítico da Veja Rio
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Uma conversa com João Pedro Zappa, que entra no lugar de George Sauma em Sonhos de um Sedutor

Inicialmente escrito para o teatro por Woody Allen, Play It Again, Sam estreou em 1969, com o próprio autor como Allan Felix, o crítico de cinema abandonado pela mulher que se apaixona pela namorada do melhor amigo. Três anos depois, ele voltaria ao papel na versão da peça para o cinema, batizada aqui como Sonhos de um Sedutor. […]

Por rafaelteixeira
Atualizado em 25 fev 2017, 18h21 - Publicado em 17 jan 2015, 14h10

Priscila Fantin e João Pedro Zappa (crédito: Carlos Eduardo Galvão)

Inicialmente escrito para o teatro por Woody Allen, Play It Again, Sam estreou em 1969, com o próprio autor como Allan Felix, o crítico de cinema abandonado pela mulher que se apaixona pela namorada do melhor amigo. Três anos depois, ele voltaria ao papel na versão da peça para o cinema, batizada aqui como Sonhos de um Sedutor. Como tantos personagens da lavra de Allen, este também é seu alter ego: inseguro, hipocondríaco, sem jeito com as mulheres, mas dono de inteligência privilegiada e humor peculiar. Em outubro de 2013, a comédia ganhou uma montagem brasileira, com George Sauma afiadíssimo no papel principal. Envolvido com outros projetos, porém, o ator não pôde voltar para a nova temporada do espetáculo (agora no Espaço Tom Jobim). Em seu lugar, entrou João Pedro Zappa, que ficou recentemente conhecido por seu papel no filme Boa Sorte, com Deborah Secco. Amigo e parceiro de trabalho de Sauma – os dois atuaram juntos em uma montagem de A Importância de Ser Perfeito, de Oscar Wilde, e no infantil Pedro Malazarte e a Arara Gigante –, ele foi indicado pessoalmente pelo antigo protagonista. Houve substituição também no papel da moça por quem Allan se apaixona: saiu Luana Piovani e entrou Priscila Fantin. Os demais atores, Heitor Martinez e Georgiana Góes, permanecem.

O blog conversou com Zappa sobre a substituição. Confira:

Como aconteceu de você assumir o papel do protagonista nessa nova temporada?

George é um grande parceiro na arte da atuação e também vida pessoal, nos conhecemos desde pequenos. Eu havia visto a peça na estreia, adorei,  achei incrível a atuação dele. Aliás, acho sempre incrível a atuação dele. Estivemos em cartaz juntos em duas peças, inclusive, A Importância de Ser Perfeito, em que  somos uma dupla, fazemos duas moças, e fomos indicados a melhor ator juntos, uma indicação pela dupla, no Fita, Festival Internacional de Teatro de Angra, e também o Pedro Malazarte e a Arara Gigante, infantil do Jorge Furtado. Nesta retomada de temporada, o George estava com problemas de agenda, porque além de fazer  mil e um trabalhos como ator  tem uma banda, Choque do Magriça, então me indicou. Eis que um dos produtores também havia pensando em mim, então as duas coisas vieram juntas.

A atuação do Sauma nesse papel influenciou você?

A atuação do George tem muita personalidade, algo difícil, em se tratando de Woody Allen. Quando me chamaram pensei: “Uau, que responsa.” E topei, claro. A produção me enviou um vídeo com George atuando, mas assisti uma vez e não quis ver mais, para não ficar colado a como ele fazia. Encontrei um jeito particular, mas com inspiração no George. Penso em assistir de novo o vídeo depois da estreia, agora já com o personagem fundamentado dentro de mim. Além de ter assistido a peça, assisti depois ao filme, que não tinha visto ainda, e achei até mais simples chegar ao que Woody faz do que com o Sauma. A linguagem de cinema é mais sequinha, sem os improvisos do teatro. Sou um ator que ama  cinema, gosto muito de fazer, então meu Allan Felix fica no caminho entre os dois. Aproveitei muitas piadas que o George acrescentou à peça.

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Como foi a transição do papel? O Sauma deu uma ajuda, deu dicas?

Na verdade, nem nos vimos neste ano ainda, só nos  falamos  por telefone. Quem me deu dicas mais contundentes foram o Neco (Ernesto Piccolo, diretor),  e os atores que estão desde a estreia, Georgiana Góes e Heitor Martinez.

Qual é a sua relação com a obra do Woody Allen?

Faço parte do clube dos fãs do Woody. Dos mais recentes meus preferidos são Match Point, uma obra-prima, Vicky Cristina Barcelona, que assisti muitas vezes, e Meia-Noite em Paris. Dos mais antigos, Manhattan e Small Time Crooks, este último sensacional, em que os personagens  cavam um buraco numa loja para assaltar um banco, usando a venda de biscoitos como fachada, mas o biscoito vira uma sucesso retumbante e abrem franquias da loja. Como a obra é prolífica, tem vários outros que não vi ainda e que estão na fila.  O Play It Again, Sam é interessante, porque Woody está atuando em seu próprio texto, como de hábito, mas a direção não é dele, o que traz algumas diferenças. Para quem não viu, acho que vale a pena ver a peça antes.

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