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Uma conversa com Clarissa Kahane sobre Meu Saba, monólogo estrelado por ela, baseado em livro da neta de Yitzhak Rabin

Primeiro-ministro de Israel de 1974 a 1977 e, posteriormente, entre 1992 e 1995 – ano em que foi assassinado por um judeu ortodoxo que se opunha às negociações com os palestinos –, Yitzhak Rabin foi objeto de escrutínio por renomados estudiosos de geopolítica mundial. Um olhar algo mais afetivo é revelado em Meu Saba, monólogo com estreia marcada para sexta (17) […]

Por rafaelteixeira
Atualizado em 25 fev 2017, 18h09 - Publicado em 10 abr 2015, 21h55

Clarissa Kahane em Meu Saba (crédito: Olívia D'Agnoluzzo)

Primeiro-ministro de Israel de 1974 a 1977 e, posteriormente, entre 1992 e 1995 – ano em que foi assassinado por um judeu ortodoxo que se opunha às negociações com os palestinos –, Yitzhak Rabin foi objeto de escrutínio por renomados estudiosos de geopolítica mundial. Um olhar algo mais afetivo é revelado em Meu Saba, monólogo com estreia marcada para sexta (17) no Espaço Cultural Sérgio Porto. Estrelada por Clarissa Kahane, também idealizadora do espetáculo, e dirigida por Daniel Herz (curiosamente, ambos judeus), a montagem é uma adaptação do livro Em Nome da Dor e da Esperança, de Noa Ben-Artzi Pelossof, neta de Rabin (“saba” é avô em hebraico). Escrito pela autora quando tinha apenas 19 anos, o texto lembra a infância na casa do avô, as conversas com ele e as crises existenciais de uma adolescente em meio à guerra.

Confira a entrevista com Clarissa:

Quando e como você conheceu o livro, e que impressão ele lhe causou na época?

Ganhei o livro com 17 anos, da minha avó materna. Quando li me identifiquei com os pensamentos e ideias da Noa. Ela questiona, por exemplo, o fato de dois povos que têm tanto em comum, judeus e árabes, não conseguirem coexistir tão próximos.

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Como surgiu a ideia e a vontade de montar o espetáculo?

Quando li o livro, percebi que havia várias questões que me interessavam: a luta do Yitzhak Rabin pela paz, a história de amor de uma neta pelo seu avô, a coexistência de árabes e judeus, a dor da Noa com a morte do seu avô, seu herói. Há três anos, mostrei o livro para o (ator e produtor) Miguel Colker, que ficou fascinado pela história e quis produzir a peça. Então, convidamos o Daniel Herz para dirigi-la.

Como foi o processo de adaptação do livro?

O Daniel Herz teve a ideia de adaptarmos e convidou a Evelyn Disitzer para se juntar a nós. Focamos na relação da neta com o avô e criamos uma dramaturgia que se passa nos trinta segundos em que Noa escuta seu nome e precisa conseguir chegar até o palanque para fazer um discurso em homenagem ao avô. A insegurança, o medo de como falar, levam Noa a reviver lembranças em um tempo não linear.

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Como se deu a decisão por um monólogo? Em algum momento, pensou-se em fazer com mais atores?

Durante a adaptação houve a possibilidade de ter mais um ator em cena. A decisão pelo monológo se deu porque acreditamos que era o melhor para contar essa história.

O que essa história particular, entre uma neta e seu avô, tem a dizer para o público, de maneira mais universal?

Que a vida e a forma como uma pessoa enxerga o mundo é muito influenciada pela convivência com o seu avô, pelas suas realizações e ensinamentos que estarão presentes para sempre em sua memória.  O avô da Noa acreditava que a busca pela paz é a única solução possível para coexistência de pessoas com culturas diferentes. Essa e outras reflexões foram tão intensas e presentes na vida dela que decidimos transformar o livro das suas lembranças com o  avô em teatro.

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